CEO da AGCO vê como positivas mudanças de governo em Brasil e Argentina
Foz do Iguaçu (PR), 5 out (EFE).- As mudanças de governo no Brasil e na Argentina foram avaliadas de forma positiva pelo diretor-executivo e presidente da AGCO, Martin Richenhagen, que afirmou nesta quarta-feira esperar uma maior estabilidade econômica na administração Michel Temer e também elogiou as novas políticas agrícolas já adotadas por Mauricio Macri no país vizinho.
Perguntado em entrevista coletiva realizada pela empresa em Foz do Iguaçu (PR) sobre os efeitos dos novos governos nos dois principais países da América do Sul, região onde a AGCO é uma das líderes em vendas e detém 42% de market share no segmento de tratores, Richenhagen disse ser complicado avaliar especialmente a situação ocorrida no Brasil com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"É difícil fazer julgamento estando fora do Brasil, porque muito do que ocorreu foi nos bastidores. Conheci o presidente Lula, encontrei com ele algumas vezes. Nunca acreditei que ele fosse capaz de fazer as coisas que estão sob investigação agora", disse o executivo da AGCO sobre as operações que investigam a corrupção nas gestões de Lula e Dilma, processo que culminou na destituição da ex-presidente e a chegada de Temer ao poder.
"Acredito que as eleições (municipais) também provaram que as pessoas do Brasil estão desagradadas com o governo anterior. Espero que as novas pessoas (que assumiram) não sejam consideradas culpadas (de corrupção) no futuro e sigam no poder. O novo governo tem dois anos para provar que pode implantar melhores políticas. E isso é necessário porque o Brasil está em uma situação muito ruim", completou Richenhagen.
Para entender a complexa dinâmica e a crise política vivida pelo país desde a reeleição de Dilma, a AGCO foi atrás de pessoas que pudessem explicar aos executivos da empresa os bastidores de Brasília. Ainda em 2010, Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Lula entre 2003 e 2007, passou a fazer parte do conselho de diretores da companhia.
Apesar de esperar estabilidade na administração de Temer, Richenhagen cobrou que o novo governo adote medidas para fornecer mais crédito aos produtores brasileiros e não fique só nas palavras. "Na nossa indústria, precisamos que o BNDES não só fale sobre planos, mas aloque fundos, isto é, dinheiro, para subsidiar os produtores", afirmou o diretor-executivo da AGCO.
Na Argentina, por outro lado, Richenhagen já vê mudanças positivas promovidas pelo presidente do país, Mauricio Macri, eleito em dezembro do ano passado, encerrando mais de 12 anos de gestão kirchnerista.
"Sempre tive boa relação com (a ex-presidente) Cristina Kirchner, que me convidou a visitar a Casa Rosada. Tentei falar com ela sobre o que precisava melhorar em relação à política agrícola, sobre a ideia de descontinuar os impostos de exportação e tornar o país mais uma vez líder em exportação de carne bovina, algo que a Argentina foi número um em décadas. Ela ouviu, mas não mudou a abordagem", disse o executivo, revelando até um pouco de frustração com a antiga administração da Argentina.
"Felizmente agora, com o novo governo, eles basicamente fizeram o que eu estava falando. E penso que fizeram de forma muito inteligente. Eles não adotaram um único grande passo, mas sim passos menores. Estamos bastante otimistas de que a Argentina irá se tornar mais uma vez um importante player global no mercado", frisou Richenhagen.
Para o diretor-executivo da AGCO, uma das principais medidas apoiadas por Macri - o apoio ao desenvolvimento de indústrias ligadas ao agronegócio - beneficia muito a estratégia da companhia no país.
"Nós também apoiamos a ideia do desenvolvimento de indústrias relacionadas (ao agronegócio) do novo governo. A manufatura é certamente é uma delas. É por isso que tivemos a ideia de investir em fábricas combinadas, como a nossa em General Rodríguez. O timing é perfeito. Somos bastante positivos sobre o futuro do país", concluiu Richenhagen.
Perguntado em entrevista coletiva realizada pela empresa em Foz do Iguaçu (PR) sobre os efeitos dos novos governos nos dois principais países da América do Sul, região onde a AGCO é uma das líderes em vendas e detém 42% de market share no segmento de tratores, Richenhagen disse ser complicado avaliar especialmente a situação ocorrida no Brasil com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"É difícil fazer julgamento estando fora do Brasil, porque muito do que ocorreu foi nos bastidores. Conheci o presidente Lula, encontrei com ele algumas vezes. Nunca acreditei que ele fosse capaz de fazer as coisas que estão sob investigação agora", disse o executivo da AGCO sobre as operações que investigam a corrupção nas gestões de Lula e Dilma, processo que culminou na destituição da ex-presidente e a chegada de Temer ao poder.
"Acredito que as eleições (municipais) também provaram que as pessoas do Brasil estão desagradadas com o governo anterior. Espero que as novas pessoas (que assumiram) não sejam consideradas culpadas (de corrupção) no futuro e sigam no poder. O novo governo tem dois anos para provar que pode implantar melhores políticas. E isso é necessário porque o Brasil está em uma situação muito ruim", completou Richenhagen.
Para entender a complexa dinâmica e a crise política vivida pelo país desde a reeleição de Dilma, a AGCO foi atrás de pessoas que pudessem explicar aos executivos da empresa os bastidores de Brasília. Ainda em 2010, Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Lula entre 2003 e 2007, passou a fazer parte do conselho de diretores da companhia.
Apesar de esperar estabilidade na administração de Temer, Richenhagen cobrou que o novo governo adote medidas para fornecer mais crédito aos produtores brasileiros e não fique só nas palavras. "Na nossa indústria, precisamos que o BNDES não só fale sobre planos, mas aloque fundos, isto é, dinheiro, para subsidiar os produtores", afirmou o diretor-executivo da AGCO.
Na Argentina, por outro lado, Richenhagen já vê mudanças positivas promovidas pelo presidente do país, Mauricio Macri, eleito em dezembro do ano passado, encerrando mais de 12 anos de gestão kirchnerista.
"Sempre tive boa relação com (a ex-presidente) Cristina Kirchner, que me convidou a visitar a Casa Rosada. Tentei falar com ela sobre o que precisava melhorar em relação à política agrícola, sobre a ideia de descontinuar os impostos de exportação e tornar o país mais uma vez líder em exportação de carne bovina, algo que a Argentina foi número um em décadas. Ela ouviu, mas não mudou a abordagem", disse o executivo, revelando até um pouco de frustração com a antiga administração da Argentina.
"Felizmente agora, com o novo governo, eles basicamente fizeram o que eu estava falando. E penso que fizeram de forma muito inteligente. Eles não adotaram um único grande passo, mas sim passos menores. Estamos bastante otimistas de que a Argentina irá se tornar mais uma vez um importante player global no mercado", frisou Richenhagen.
Para o diretor-executivo da AGCO, uma das principais medidas apoiadas por Macri - o apoio ao desenvolvimento de indústrias ligadas ao agronegócio - beneficia muito a estratégia da companhia no país.
"Nós também apoiamos a ideia do desenvolvimento de indústrias relacionadas (ao agronegócio) do novo governo. A manufatura é certamente é uma delas. É por isso que tivemos a ideia de investir em fábricas combinadas, como a nossa em General Rodríguez. O timing é perfeito. Somos bastante positivos sobre o futuro do país", concluiu Richenhagen.
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