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Kuczynski chega à Bolívia e diz que trem bioceânico deve passar por este país

04/11/2016 13h43

Sucre (Bolívia), 4 nov (EFE).- O presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski afirmou nesta sexta-feira que o trem que conectará os portos do Peru e do Brasil deve atravessar território da Bolívia, país ao qual chegou para liderar junto a seu colega boliviano, Evo Morales, um gabinete binacional.

O avião presidencial peruano aterrissou às 10h20 local (11h20, em Brasília) no aeroporto internacional de Alcantarí, na região de Chuquisaca (sudeste).

Kuczynski afirmou que repassará a agenda bilateral com Morales e também falará sobre "acordos novos como por exemplo o corredor bioceânico" que, segundo sua opinião, "deveria passar pela Bolívia ao invés de pela floresta brasileira".

O presidente peruano foi recebido pelo ministro boliviano das Relações Exteriores, David Choquehuanca; pelos presidentes do Senado, José Alberto Gonzales, e da Câmara dos Deputados, Gabriela Montaño, e por autoridades locais de Chuquisaca e da cidade de Sucre, capital dessa região e da Bolívia.

Após receber as honras militares correspondentes, o líder peruano foi ao Centro Internacional de Convenções de Sucre, onde era aguardado pelo presidente Morales para iniciar a reunião do gabinete binacional.

As equipes técnicas da Bolívia e Peru avançaram nos dias prévios no diálogo sobre temas de meio ambiente e recursos hídricos além das fronteiras, segurança e defesa, desenvolvimento econômico, políticas sociais e fortalecimento nacional e infraestrutura para a integração.

Os acordos finais serão assinados nas próximas horas perante os presidentes de ambos países e será aprovado um plano de ação com metas para os diferentes temas da agenda.

O tema central da reunião é o projeto do chamado trem bioceânico, pensado concretamente para conectar o porto brasileiro de Santos, no Atlântico, com o peruano de Ilo, no Pacífico, atravessando território boliviano.

Morales assegurou várias vezes que o plano que impulsiona seu governo beneficiará diretamente Brasil, Bolívia e Peru, mas além disso Argentina, Paraguai e Uruguai, já que se prevê que a ferrovia tenha uma conexão com a hidrovia Paraguai-Paraná.