Empréstimos da China à América Latina superaram US$ 21,2 bilhões em 2016
Alfonso Fernández.
Washington, 23 fev (EFE).- Os empréstimos da China para a América Latina subiram em 2016 para US$ 21,2 bilhões, com Brasil, Venezuela e Equador como principais destinos do dinheiro, que foi mais uma vez direcionado especialmente nos setores de energia e infraestrutura, indicou nesta quinta-feira o relatório anual do Centro de Estudos Diálogo Interamericano.
O número é ligeiramente inferior ao volume de empréstimos de 2015, que foi de US$ 24,6 bilhões, mas segue em níveis superiores aos U$ 20 bilhões anuais. Os valores são maiores do que os emprestados pelo Banco Mundial (BM) - US$ 8,2 bilhões - e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - US$ 11,6 bilhões.
No ano passado, Brasil, Venezuela e Equador receberam 92% do total dos empréstimos chineses, ressaltou o estudo do Centro de Estudos Diálogo Interamericano, realizado em parceria com a Universidade de Boston desde 2005.
Os três países fecharam 2016 com agudas recessões econômicas, o que ressalta a importância do fluxo de crédito da China para a região. O Brasil liderou os pedidos, com US$ 15 bilhões. A maior parte dos recursos foi para a Petrobras, em troca de petróleo.
Depois de Venezuela e Equador, a Bolívia aparece no ranking de empréstimos com quarta posição. O país recebeu US$ 1,5 bilhão dos chineses, que serão utilizados para financiar o projeto siderúrgico de Mutún e a usina hidrelétrica de Rosinha.
O país tem sido um dos focos de Pequim nos últimos anos. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu em recente visita à Bolívia mais US$ 4,8 bilhões para projetos de infraestrutura.
Como é habitual, os empréstimos foram canalizados através de duas instituições estatais chinesas: o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco Chinês de Exportações e Importações.
Além disso, o relatório ressaltou como a Argentina, que ocupava as primeiras posições do ranking anteriormente, não registrou nenhum empréstimo em 2016, algo talvez relacionado com a mudança de governo, após a saída de Cristina Kirchner e a chegada de Mauricio Macri à presidência.
No entanto, e apesar de algumas remodelações, o governo de Macri já sinalizou que pode recorrer à China para financiar seu ambicioso plano de infraestrutura.
"A China é uma fonte fundamental de financiamento, especialmente para países como Venezuela, Equador, Brasil e Argentina, que tiveram um acesso relativamente limitado aos mercados de capital internacionais nos últimos anos", disse o relatório.
Por isso, o Centro de Estudos Diálogo Interamericano prevê que Pequim continue sendo um "salva-vidas" para as economias mais frágeis da região.
Desde 2005, quando os dados começaram a ser coletados, o fluxo de financiamento chinês na América Latina superou US$ 141 bilhões.
Washington, 23 fev (EFE).- Os empréstimos da China para a América Latina subiram em 2016 para US$ 21,2 bilhões, com Brasil, Venezuela e Equador como principais destinos do dinheiro, que foi mais uma vez direcionado especialmente nos setores de energia e infraestrutura, indicou nesta quinta-feira o relatório anual do Centro de Estudos Diálogo Interamericano.
O número é ligeiramente inferior ao volume de empréstimos de 2015, que foi de US$ 24,6 bilhões, mas segue em níveis superiores aos U$ 20 bilhões anuais. Os valores são maiores do que os emprestados pelo Banco Mundial (BM) - US$ 8,2 bilhões - e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - US$ 11,6 bilhões.
No ano passado, Brasil, Venezuela e Equador receberam 92% do total dos empréstimos chineses, ressaltou o estudo do Centro de Estudos Diálogo Interamericano, realizado em parceria com a Universidade de Boston desde 2005.
Os três países fecharam 2016 com agudas recessões econômicas, o que ressalta a importância do fluxo de crédito da China para a região. O Brasil liderou os pedidos, com US$ 15 bilhões. A maior parte dos recursos foi para a Petrobras, em troca de petróleo.
Depois de Venezuela e Equador, a Bolívia aparece no ranking de empréstimos com quarta posição. O país recebeu US$ 1,5 bilhão dos chineses, que serão utilizados para financiar o projeto siderúrgico de Mutún e a usina hidrelétrica de Rosinha.
O país tem sido um dos focos de Pequim nos últimos anos. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu em recente visita à Bolívia mais US$ 4,8 bilhões para projetos de infraestrutura.
Como é habitual, os empréstimos foram canalizados através de duas instituições estatais chinesas: o Banco de Desenvolvimento da China e o Banco Chinês de Exportações e Importações.
Além disso, o relatório ressaltou como a Argentina, que ocupava as primeiras posições do ranking anteriormente, não registrou nenhum empréstimo em 2016, algo talvez relacionado com a mudança de governo, após a saída de Cristina Kirchner e a chegada de Mauricio Macri à presidência.
No entanto, e apesar de algumas remodelações, o governo de Macri já sinalizou que pode recorrer à China para financiar seu ambicioso plano de infraestrutura.
"A China é uma fonte fundamental de financiamento, especialmente para países como Venezuela, Equador, Brasil e Argentina, que tiveram um acesso relativamente limitado aos mercados de capital internacionais nos últimos anos", disse o relatório.
Por isso, o Centro de Estudos Diálogo Interamericano prevê que Pequim continue sendo um "salva-vidas" para as economias mais frágeis da região.
Desde 2005, quando os dados começaram a ser coletados, o fluxo de financiamento chinês na América Latina superou US$ 141 bilhões.
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