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Downing Street diz que não ativará o "Brexit" até o final de março

13/03/2017 14h58

Londres, 13 mar (EFE).- Um porta-voz de Downing Street, escritório oficial da primeira-ministra britânica, Theresa May, declarou nesta segunda-feira que o governo irá esperar até o final de março para iniciar o "Brexit".

"Disse no final (do mês) em muitas ocasiões, mas parece que não fui suficientemente claro", afirmou o porta-voz oficial de May.

As duas câmaras parlamentares podem dar o sinal verde definitivo nesta noite ao projeto de lei que permitirá ao governo ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, a formalidade que iniciará o desligamento do Reino Unido da União Europeia.

Se as câmaras não aprovarem o projeto com a rapidez prevista, ou se May decidir esperar até o limite do prazo que ela mesma marcou para dar esse passo (final de mês), a data mais provável para o início do "Brexit" seria a partir de 27 de março, segundo a imprensa britânica.

De acordo com os veículos de imprensa, Londres deixaria passar as celebrações do 60° aniversário do Tratado de Roma, que os 27 membros restantes celebrarão na capital italiana no dia 25 deste mês, antes de iniciar a ruptura.

O porta-voz da chefe de governo afirmou que o anúncio desta manhã da ministra principal escocesa, Nicola Sturgeon, de que promoverá um segundo referendo sobre a independência da região não afetou o calendário do "Brexit".

A câmara dos Comuns iniciou nesta tarde um debate no qual decidirá se elimina as duas emendas acrescentadas pela Câmara dos Lordes ao projeto de lei para iniciar o desligamento com a UE.

Espera-se que a maioria conservadora descarte ambos anexos, que asseguram os direitos dos cidadãos comunitários no Reino Unido após o "Brexit" e outorga ao parlamento um voto "significativo" sobre o futuro acordo de desligamento entre Londres e Bruxelas.

A Câmara dos Lordes pode dar o sinal verde definitivo ao projeto de lei nesta mesma noite, e a partir disso o texto ficaria pronto para entrar em vigor após receber a rubrica da rainha Elizabeth II, abrindo o caminho a May para ativar em qualquer momento o artigo 50. EFE

gx/ff