Protecionismo e Trump centrarão próxima reunião do FMI em Washington
Alfonso Fernández
Washington, 16 abr (EFE).- A defesa do protecionismo e os receio ao multilaterismo impulsionados pelo presidente americano, Donald Trump, marcarão a assembleia desta semana do Fundo Monetário Internacional (FMI) em um momento de consolidação da recuperação econômica mundial.
"Vemos a primavera no ambiente da economia global. Não deveríamos despediçá-la", disse Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo na passada semana em uma conferência em Bruxelas, na qual apresentou a reunião do organismo que acontecerá em Washington.
Lagarde destacou que "a economia está ganhando tração à medida que a recuperação cíclica se consolida", mas "ao mesmo tempo vemos, pelo menos em algumas economias avançadas, dúvidas sobre os benefícios da integração econômica, e a própria arquitetura que sustentou a economia mundial por mais de sete décadas".
"Algumas economias avançadas" é o modo em que a diretora do FMI se refere sem citar expressamente tanto o novo Governo americano de Trump, que semeou dúvidas sobre a eficácia da globalização e as instituições internacionais, como o britânico, imerso no "Brexit", o processo de saída do bloco europeu.
De fato, a intenção de Trump de nomear o economista Adam Lerrick como subsecretário assistente de Assuntos Internacionais do Tesouro, cargo desde o qual são regenciadas as relações com o FMI e o Banco Mundial (BM), gerou grande incômodo nos círculos econômicos internacionais.
Funcionários de ambas instituições consultadas pela Efe, que pediram anonimato, reconheceram a preocupação existente no seio delas perante a possibilidade de que as propostas de Lerrick guiem a política de Washington e seja o início do contrário ao multilaterismo defendido tradicionalmente pela Casa Branca.
Os EUA são o principal acionista do Fundo, e contam com poder de veto nas decisões do organismo.
Lerrick é um conhecido crítico dos programas de resgate internacional feitos pelo FMI e considera que as duas instituições têm se excedido em suas funções e contam com modelos avultados e excessivos.
Durante a assembleia, também será realizada uma nova cúpula ministerial do G20, após a que aconteceu na Alemanha em março e onde o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, pressionou para retirar do comunicado as tradicionais críticas ao protecionismo em um claro reflexo da mudança com a chegada de Trump ao poder.
Em uma conferência telefônica nesta semana, um alto funcionário do Tesouro antecipou que os EUA defenderão na reunião da próxima semana "uma atualização e modernização" das instituições financeiras surgidas do acordo de Bretton Woods de 1944, encarregadas de manter a estabilidade econômica mundial.
Na reunião do FMI, também será tratado o novo resgate financeiro à Grécia, estimado em cerca de 86 bilhões de euros.
"Trump acredita que a Grécia seja um problema de Europa, não dos Estados Unidos. E estamos em uma política de os EUA primeiro", apontou Desmond Lachman, pesquisador do centro de estudos conservador American Enterprise Institute, sobre o previsível papel menos pró-ativo no Fundo do novo Governo americano.
Além disso, serão discutidos os efeitos do processo de saída do Reino Unido da União Europeia, os avanços na transição da economia da China para um modelo mais centrado na demanda interna e menos nas exportações; e a progressiva retirada do estímulo monetário nos EUA por parte do Federal Reserve com seu plano de aumento da taxas de juros.
O encontro, no qual o organismo apresentará suas novas projeções globais, reunirá na capital americana entre 20 e 22 de abril os ministros e banqueiros centrais dos 189 países membros para debater os desafios da economia mundial uma vez negligente atrás a crise financeira.
Washington, 16 abr (EFE).- A defesa do protecionismo e os receio ao multilaterismo impulsionados pelo presidente americano, Donald Trump, marcarão a assembleia desta semana do Fundo Monetário Internacional (FMI) em um momento de consolidação da recuperação econômica mundial.
"Vemos a primavera no ambiente da economia global. Não deveríamos despediçá-la", disse Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo na passada semana em uma conferência em Bruxelas, na qual apresentou a reunião do organismo que acontecerá em Washington.
Lagarde destacou que "a economia está ganhando tração à medida que a recuperação cíclica se consolida", mas "ao mesmo tempo vemos, pelo menos em algumas economias avançadas, dúvidas sobre os benefícios da integração econômica, e a própria arquitetura que sustentou a economia mundial por mais de sete décadas".
"Algumas economias avançadas" é o modo em que a diretora do FMI se refere sem citar expressamente tanto o novo Governo americano de Trump, que semeou dúvidas sobre a eficácia da globalização e as instituições internacionais, como o britânico, imerso no "Brexit", o processo de saída do bloco europeu.
De fato, a intenção de Trump de nomear o economista Adam Lerrick como subsecretário assistente de Assuntos Internacionais do Tesouro, cargo desde o qual são regenciadas as relações com o FMI e o Banco Mundial (BM), gerou grande incômodo nos círculos econômicos internacionais.
Funcionários de ambas instituições consultadas pela Efe, que pediram anonimato, reconheceram a preocupação existente no seio delas perante a possibilidade de que as propostas de Lerrick guiem a política de Washington e seja o início do contrário ao multilaterismo defendido tradicionalmente pela Casa Branca.
Os EUA são o principal acionista do Fundo, e contam com poder de veto nas decisões do organismo.
Lerrick é um conhecido crítico dos programas de resgate internacional feitos pelo FMI e considera que as duas instituições têm se excedido em suas funções e contam com modelos avultados e excessivos.
Durante a assembleia, também será realizada uma nova cúpula ministerial do G20, após a que aconteceu na Alemanha em março e onde o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, pressionou para retirar do comunicado as tradicionais críticas ao protecionismo em um claro reflexo da mudança com a chegada de Trump ao poder.
Em uma conferência telefônica nesta semana, um alto funcionário do Tesouro antecipou que os EUA defenderão na reunião da próxima semana "uma atualização e modernização" das instituições financeiras surgidas do acordo de Bretton Woods de 1944, encarregadas de manter a estabilidade econômica mundial.
Na reunião do FMI, também será tratado o novo resgate financeiro à Grécia, estimado em cerca de 86 bilhões de euros.
"Trump acredita que a Grécia seja um problema de Europa, não dos Estados Unidos. E estamos em uma política de os EUA primeiro", apontou Desmond Lachman, pesquisador do centro de estudos conservador American Enterprise Institute, sobre o previsível papel menos pró-ativo no Fundo do novo Governo americano.
Além disso, serão discutidos os efeitos do processo de saída do Reino Unido da União Europeia, os avanços na transição da economia da China para um modelo mais centrado na demanda interna e menos nas exportações; e a progressiva retirada do estímulo monetário nos EUA por parte do Federal Reserve com seu plano de aumento da taxas de juros.
O encontro, no qual o organismo apresentará suas novas projeções globais, reunirá na capital americana entre 20 e 22 de abril os ministros e banqueiros centrais dos 189 países membros para debater os desafios da economia mundial uma vez negligente atrás a crise financeira.
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