Sindicatos de países do G20 exigem de governos "globalização justa"
Berlim, 17 mai (EFE). - Os sindicatos dos países que formam o G20 (L20) exigiram em um relatório conjunto nesta quarta-feira (17) que os governos deste grupo "acertem as condições para uma globalização justa" com empregos em condições "dignas".
Esta é a reivindicação que resume os pedidos expostos em um documento de seis páginas que os representantes dos trabalhadores apresentaram nesta quarta à chanceler alemã, Angela Merkel, em um ato em Berlim por causa da presidência alemã do G20.
Nele, solicitam que os governos fomentem o trabalho digno, reduzam a desigualdade social, promovam a empregabilidade das mulheres, busquem acordos comerciais que sejam condizentes com as condições trabalhistas e facilitem a inserção dos imigrantes no mercado.
No texto, o L20 pediu também aos governos do G20, entre eles países tão diversos quanto Brasil, China, Alemanha e Indonésia, para implementar "urgentemente" novas políticas macroeconômicas baseadas na demanda, após o fracasso da austeridade.
As empresas, por sua vez, "devem voltar a assumir em todo o mundo sua responsabilidade dentro da sociedade e zelar por trabalhos dignos e pelo respeito aos direitos humanos nas cadeias de produção global".
"Os governos devem regular melhor as atividades entre fronteiras e fazer vinculativas as obrigações sociais das empresas. É fundamental estabelecer um modelo de trabalho internacional em todas as relações comerciais e acordos comerciais", acrescentaram em um comunicado enviado pela Federação Alemã de Sindicatos (DGB), no qual denunciaram a "exploração" e as condições de trabalho "desumanas" existentes em muitos países.
O L20 considerou que é possível fazer com que "as economias cresçam de forma sustentável com proteção social universal, trabalhos seguros e salários decentes" e para conseguir isso é necessária uma "ação urgente e coordenada" dos países do G20.
"A inação é uma ameaça para a paz global, a democracia e a segurança", asseguraram os sindicatos no texto.
O L20 é formado por sindicatos de países do G20 e por organizações internacionais que defendem os direitos dos trabalhadores.
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