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Trump notifica formalmente Congresso sobre intenção de renegociar TLCAN

18/05/2017 14h06

Washington, 18 mai (EFE).- O Governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, notificou nesta quinta-feira formalmente o Congresso sua intenção de renegociar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN), o que abre um período de consultas de 90 dias antes de iniciar o diálogo com os parceiros desse pacto: México e Canadá.

O escritório do Representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer, que junto com o secretário de Comércio, Wilbur Ross, liderarão as negociações, confirmou o envio da carta de notificação ao Congresso.

No final de abril, Trump surpreendeu ao afirmar que estava pronto para terminar o TLCAN de uma vez por todas, mas finalmente decidiu renegociar o acordo, segundo disse, depois que seu colega mexicano, Enrique Peña Nieto, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, o pediram.

"Esperamos iniciar as negociações com Canadá e México o mais rápido possível, mas não antes dos 90 dias da data desta carta", segundo o documento assinado por Lighthizer.

Deste modo, se prevê que o começo das conversações aconteça no final de agosto.

Na carta, o representante de Comércio Exterior destacou: "O TLCAN foi negociado há 25 anos, e enquanto a nossa economia e empresas mudaram consideravelmente, o TLCAN não".

"Muitos capítulos do acordo estão caducos ou não refletem padrões modernos", acrescentou ao apontar que os EUA buscarão incluir referências aos direitos de propriedade intelectual, práticas de regulação, empresas de propriedade pública, serviços e procedimentos alfandegários.

Neste sentido, o Governo de Trump assegurou que "trabalhará para respaldar empregos com melhor remuneração nos EUA, e fazer crescer a economia mediante a melhora das oportunidades dentro do TLCAN".

Trump cumpre assim, finalmente, com uma de suas principais propostas de campanha após semanas de rumores.

O presidente tinha qualificado o pacto, em vigor desde 1994, como um "desastre" para os trabalhadores e empresas americanas, e tinha criticado especialmente o enorme déficit comercial gerado com o México.