Fiat 500 comemora 60 anos com 6 milhões de unidades vendidas no mundo
Jaime Castro García.
Roma, 28 jul (EFE).- O lendário Fiat 500 comemora neste mês seu 60º aniversário com eventos que lembram a história do "pequeno grande veículo" italiano e, como presente, atingiu a marca de seis milhões de exemplares vendidos.
A marca fundada por Giovanni Agnelli em 1899 apresentou em julho de 1957, no complexo industrial de Mirafiori (Turim), um ícone que permanece no imaginário popular.
Naquela época, a Itália vivia uma ascensão, após a Segunda Guerra Mundial, com a emigração do sul do país para o norte, em muitas ocasiões diretamente para Turim, que em 1971 tinha mais de 1 milhão de habitantes e onde Mirafiori chegou a contar com 80% de trabalhadores do sul.
O modelo, lançado no mercado com o preço de 465 mil liras, vendeu quatro milhões de unidades de 1957 a 1975, quando a fabricação do "Cinquecento" foi interrompida.
"Hoje o Fiat 500 é um símbolo, se transformou em um ícone porque é autêntico, com raízes sólidas e pertence a todos nós porque é muito mais que um produto: é um patrimônio público", disse Luca Napolitano, chefe da marca na Europa, Oriente Médio e África, à Agência Efe.
O carro aparece em mais de 2.500 filmes, segundo uma base de dados que conta os automóveis do cinema (IMCDB), como "Rocco e Seus Irmãos" (1960), de Luchino Visconti, a comédia "Fantozzi", estrelada por Paolo Villaggio, e a última produção de James Bond, "007 Contra Spectre" (2015).
A Fiat não quis perder o mote cinematográfico e produziu para o 60º aniversário do 500 um curta-metragem, "See you in the future", no qual o ator vencedor do Oscar Adrien Brody passeia a bordo de um "Cinquecento" pela Milão dos anos 50.
O carro se popularizou nesse período da "dolce vita", que a empresa comemorou com um novo modelo colocado à venda justamente no dia do 60º aniversário, o "500 Anniversario", com uma aparência dos anos 60 e duas novas cores: a verde "Riviera" e a laranja "Sicília".
Esta é uma das iniciativas da campanha "500 Forever Young", como a do selo comemorativo com as imagens dos modelos de 1957 e de 2017 sobrepostas e as datas cercadas pela bandeira italiana sobre um fundo azul marinho, que terá um milhão de cópias impressas.
Outro marco é o do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), que no início de julho adquiriu para sua coleção permanente um modelo série F, produzido em Mirafiori entre 1965 e 1972: "uma obra-prima despretensiosa", como qualificou Martino Stierli, diretor de Arquitetura e Design do museu.
Além disso, em março a Fiat lançou no Salão do Automóvel de Genebra a série limitada "Sessantesimo", um automóvel conversível e de apenas 560 exemplares, que foi percorrendo diferentes cidades europeias como Turim, Paris, Londres, Munique e Madri acompanhado de uma barbearia e uma sorveteria dos anos 60.
Outra das promoções foi a entrega de 1.520 unidades através de um sorteio em Mirafiori, um recorde no "Guinness", pois nunca tinha sido visto um número igual de modelos ao mesmo tempo, além de eles representarem um retorno às suas origens.
Embora o modelo ainda conserve suas raízes através dos clubes de aficionados que continuamente organizam reuniões de exposição por toda a Itália, ele atualmente pertence ao grupo ítalo-americano Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e, desde 2007, é fabricado em Tychy (Polônia) e consegue 80% de suas vendas fora do país.
Um exemplo desta internacionalização foi a venda no início de julho da unidade de número seis milhões na Alemanha.
Mas, hoje em dia, Turim e Mirafiori mudaram muito em relação a 1957: a cidade não chega a 900 mil habitantes e quase perdeu esse laço de sangue com o "Cinquecento", pois o complexo industrial só produz dois modelos da Fiat, o Maserati Levante e o Alfa Romeo MiTo.
No entanto, sua criação mais famosa continua correndo o mundo, e atualmente 400 mil unidades circulam pelas ruas como pequenos pedaços da Itália.
Roma, 28 jul (EFE).- O lendário Fiat 500 comemora neste mês seu 60º aniversário com eventos que lembram a história do "pequeno grande veículo" italiano e, como presente, atingiu a marca de seis milhões de exemplares vendidos.
A marca fundada por Giovanni Agnelli em 1899 apresentou em julho de 1957, no complexo industrial de Mirafiori (Turim), um ícone que permanece no imaginário popular.
Naquela época, a Itália vivia uma ascensão, após a Segunda Guerra Mundial, com a emigração do sul do país para o norte, em muitas ocasiões diretamente para Turim, que em 1971 tinha mais de 1 milhão de habitantes e onde Mirafiori chegou a contar com 80% de trabalhadores do sul.
O modelo, lançado no mercado com o preço de 465 mil liras, vendeu quatro milhões de unidades de 1957 a 1975, quando a fabricação do "Cinquecento" foi interrompida.
"Hoje o Fiat 500 é um símbolo, se transformou em um ícone porque é autêntico, com raízes sólidas e pertence a todos nós porque é muito mais que um produto: é um patrimônio público", disse Luca Napolitano, chefe da marca na Europa, Oriente Médio e África, à Agência Efe.
O carro aparece em mais de 2.500 filmes, segundo uma base de dados que conta os automóveis do cinema (IMCDB), como "Rocco e Seus Irmãos" (1960), de Luchino Visconti, a comédia "Fantozzi", estrelada por Paolo Villaggio, e a última produção de James Bond, "007 Contra Spectre" (2015).
A Fiat não quis perder o mote cinematográfico e produziu para o 60º aniversário do 500 um curta-metragem, "See you in the future", no qual o ator vencedor do Oscar Adrien Brody passeia a bordo de um "Cinquecento" pela Milão dos anos 50.
O carro se popularizou nesse período da "dolce vita", que a empresa comemorou com um novo modelo colocado à venda justamente no dia do 60º aniversário, o "500 Anniversario", com uma aparência dos anos 60 e duas novas cores: a verde "Riviera" e a laranja "Sicília".
Esta é uma das iniciativas da campanha "500 Forever Young", como a do selo comemorativo com as imagens dos modelos de 1957 e de 2017 sobrepostas e as datas cercadas pela bandeira italiana sobre um fundo azul marinho, que terá um milhão de cópias impressas.
Outro marco é o do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), que no início de julho adquiriu para sua coleção permanente um modelo série F, produzido em Mirafiori entre 1965 e 1972: "uma obra-prima despretensiosa", como qualificou Martino Stierli, diretor de Arquitetura e Design do museu.
Além disso, em março a Fiat lançou no Salão do Automóvel de Genebra a série limitada "Sessantesimo", um automóvel conversível e de apenas 560 exemplares, que foi percorrendo diferentes cidades europeias como Turim, Paris, Londres, Munique e Madri acompanhado de uma barbearia e uma sorveteria dos anos 60.
Outra das promoções foi a entrega de 1.520 unidades através de um sorteio em Mirafiori, um recorde no "Guinness", pois nunca tinha sido visto um número igual de modelos ao mesmo tempo, além de eles representarem um retorno às suas origens.
Embora o modelo ainda conserve suas raízes através dos clubes de aficionados que continuamente organizam reuniões de exposição por toda a Itália, ele atualmente pertence ao grupo ítalo-americano Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e, desde 2007, é fabricado em Tychy (Polônia) e consegue 80% de suas vendas fora do país.
Um exemplo desta internacionalização foi a venda no início de julho da unidade de número seis milhões na Alemanha.
Mas, hoje em dia, Turim e Mirafiori mudaram muito em relação a 1957: a cidade não chega a 900 mil habitantes e quase perdeu esse laço de sangue com o "Cinquecento", pois o complexo industrial só produz dois modelos da Fiat, o Maserati Levante e o Alfa Romeo MiTo.
No entanto, sua criação mais famosa continua correndo o mundo, e atualmente 400 mil unidades circulam pelas ruas como pequenos pedaços da Itália.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.