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Google e Wal-Mart se aliam para competir com a Amazon no comércio online

23/08/2017 10h52

Washington, 23 ago (EFE).- O Google e o Wal-Mart estudam se associar para explorar o comércio online, uma tentativa de aliança para competir com o líder do setor, a Amazon.

As duas companhias indicaram nesta quarta-feira que o Wal-Mart prevê começar a vender seus produtos através do Google Express, plataforma comercial desenvolvida pela companhia tecnológica.

Especialistas consideram que essa associação é uma prova da ameaça que a Amazon representa para ambas as empresas, já que a companhia de Jeff Bezos amplia cada vez mais sua fatia de mercado.

O domínio da Amazon no comércio online desafia fornecedores como a Wal-Mart. Já a tendência sobre as buscas de compra tende cada vez mais para a Amazon em detrimento do Google.

No entanto, a associação de ambas as gigantes da indústria americana não garante o sucesso da aliança.

Nenhum outro varejista consegue igualar atualmente o tamanho do inventário da Amazon, a eficiência com a qual os clientes se movimentam no site da empresa para comprar seus produtos e as muitas opções de entrega a domicílio da companhia de Bezos.

No entanto, a aliança seria de longo prazo, com metas de desenvolvimento de um negócio futuro, com a consciência de concorrer atualmente com a Amazon seria algo muito complexo.

Uma das novidades, imitando o próprio adversário no setor, é a possibilidade de utilizar a assistente de voz do Google para ordenar uma compra online. A Amazon já faz isso através da Alexa.

O chefe de comércio eletrônico do Wal-Mart, Marc Lore, escreveu em um blog da companhia que a intenção é ampliar o uso das compras ativadas por voz nos 4.700 estabelecimentos da rede.

"Queremos criar experiências aos clientes que atualmente não existem nas compras de voz em nenhum outro lugar", afirmou.

Em abril, a Amazon expandiu seu serviço de entrega imediata, conhecido como Prime Now, para incluir produtos como comida fresca e medicamentos. O Wal-Mart respondeu se associando ao Uber para oferecer entregas de alimentos em seis estados dos Estados Unidos.

O Wal-Mart também desafiou a Amazon oferecendo descontos aos clientes que compram online e buscam os produtos na loja. Compras superiores da US$ 35 também ganharam frete grátis, duas estratégias que a empresa de Bezos aplica há anos.

Em outro lado da briga, os acionistas da Whole Foods, uma das maiores redes de supermercado especializada em comida orgânica do país, votarão hoje uma oferta de compra da Amazon.

Antes de aceitar a oferta de US$ 13,7 bilhões, a Whole Foods estava em dificuldades de aceitar a pressão dos acionistas para melhorar seus resultados e manter os clientes dentro de um mercado que está cada vez mais competitivo.

A aprovação dos acionistas da Whole Foods é um dos passos necessários para fechar o acordo. No entanto, a aquisição ainda precisa da aprovação dos órgãos de regulação do governo.

A compra daria à Amazon mais de 460 lojas da Whole Foods e a possibilidade de realizar grandes mudanças na indústria dos supermercados e da venda de produtos frescos online.