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Visa potencia ecossistema financeiro se aliando com start-ups tecnológicas

24/08/2017 20h57

Cidade do México, 24 ago (EFE).- A Visa procura criar um ecossistema financeiro através de empresas tecnológicas emergentes que, através de um programa que começa nesta quinta-feira na América Latina, poderão expôr e melhorar seus produtos junto com a companhia global de tecnologia de pagamentos.

"Queremos criar um ecossistema de colaboração aberta onde trabalhamos com terceiros, 'fintechs' (técnico-financeiras) e 'start-ups' (emergentes) com capacidades que complementam as nossas e as dos nossos clientes", explicou à Agência Efe o diretor da Visa para América Latina e Caribe, Allen Cueli.

Desta premissa nasceu a plataforma Visa's Everywhere Initiative, que nesta quinta-feira realiza na Cidade do México a primeira semifinal de cinco na região, na qual competem dez empresas técnico-financeiras emergentes.

Cueli, responsável sênior por soluções de produto e habilitação de novos tipos de pagamento, destacou a necessidade de inovar, perante uma tendência mundial onde a experiência do consumidor é cada vez mais importante e há mais dispositivos conectados; até 50 bilhões em 2020.

Para tal fim, a empresa tem vários programas projetados, sendo um dos mais importantes o Visa's Everywhere Initiative, já implantado em Estados Unidos, Europa e Ásia, entre novas regiões.

Em sua chegada à América Latina - em aliança com a organização Finnovista -, houve 250 empresas emergentes interessadas.

Estas companhias buscarão em Cidade do México, Buenos Aires, Santiago do Chile, Bogotá e São Paulo uma vaga na final, que acontecerá em 9 de novembro em Miami no marco do evento Finnosummit.

O ganhador levará US$ 50 mil, uma mentoria por parte de especialistas e a possibilidade de uma colaboração exclusiva com a Visa.

Na América Latina, este tipo de proposta pode ajudar a alavancar o mercado local.

"O dinheiro investido nas 'fintech' da América Latina ainda representa cerca de US$ 600 milhões, frente a cerca de US$ 36 bilhões a nível mundial", disse Cueli, destacando que há "muito espírito" inovador, mas uma desconexão entre proposta, capital e clientes.

O vice-presidente de produtos de pagamentos para Visa México, Juan Carlos Guillermety, comemorou que no último ano houve "muito movimento".

No México, onde o marco regulador atual beneficia a chegada de empreendedores, foram investidos cerca de US$ 140 milhões.

"O país é um mercado suficientemente grande para testar seus modelos de negócios e desenvolvê-los", considerou.

Ele explicou que no recente mundo das fintech "há jogadores de diferentes perfis e interesses, ainda que haja temas vigentes como o envio de remessas domésticas e internacionais.

O maior desafio da região, e também um potencial, é aproximar dos bancos boa parte da população sem conta nem cartão. Por exemplo, no México há somente 14,5% de penetração de pagamentos eletrônicos no consumo privado.

"Acreditamos que um espaço 'fintech' pode ter um papel muito importante em acelerar esse crescimento", concluiu.

No evento da Cidade do México também serão divulgadas algumas inovações da Visa neste novo mercado.

Entre elas, o pagamento por voz com um dispositivo de inteligência artificial, os pagamentos por telefone celular e a tecnologia "contactless" (sem contato), que permite pagar aproximando o cartão, um relógio ou um anel do terminal de pagamentos.