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Exportações da América Latina crescerão 10% em 2017, segundo a Cepal

30/10/2017 14h34

Santiago do Chile, 30 out (EFE).- O valor das exportações dos países da América Latina e do Caribe registrará em 2017 um aumento de 10% depois de cinco anos de retrocesso, informou nesta segunda-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

No relatório Perspectivas do Comércio Internacional da América Latina e o Caribe 2017, o organismo destacou que o aumento previsto dos envios regionais se desmembra em um aumento dos preços de 6,5% e uma alta do volume exportado de 3,5%.

A Cepal prevê que as importações também se recuperarão depois de quatro anos de quedas do seu valor e crescerão 7% em 2017.

A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, disse ao apresentar o documento que a recuperação do comércio na região se produz em um "contexto de incerteza" nos âmbitos macroeconômico, tecnológico e geopolítico.

Os principais fatores que favorecerão o aumento do comércio exterior regional este ano são o dinamismo econômico de alguns dos principais sócios e a recuperação do crescimento econômico da região, que depois de dois anos de recessão se prevê que registre uma alta de 1,2% em 2017 e 2,2% em 2018.

Também exercerão influência um preço mais alto de vários produtos básicos de exportação e o desmantelamento de restrições tarifárias em alguns países, segundo o relatório.

O aumento das exportações está liderado pelo aumento dos envios à China, que registrarão em 2017 uma alta anualizada de 23% em valor, enquanto as exportações aos demais países asiáticos aumentarão em 17%.

Quanto ao comércio ao interior da região, a Cepal espera que o valor das exportações entre países latino-americanos também aumentem em 10%.

Por países, os que registrarão neste ano os maiores aumentos no valor das exportações são Honduras (29,6%), Uruguai (23,8%), Nicarágua (23,5%), Brasil (18%) e Colômbia (16,5%).

Quanto às importações, liderarão a lista Argentina (21,3%), Equador (21,1%), Bahamas (20,1%) e Paraguai (19,6%). No outro extremo, as importações diminuirão na Venezuela em 21,8%, depois de retroceder 35,7% em 2016, segundo o relatório.