Evo Morales defende propriedades nutritivas e medicinais da folha de coca
La Paz, 11 jan (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu nesta quinta-feira as propriedades nutritivas e medicinais da folha de coca e afirmou que "não é cocaína" em seu estado natural, ao comemorar o "Dia Nacional do Acullico" - como chamam o ato de mastigar essa planta.
Morales, acompanhado pelo vice-presidente Álvaro García Linera, fez essas afirmações em um ato na praça Murillo de La Paz, sede do Executivo e do Legislativo, ao qual compareceram produtores e vendedores de folha de coca alinhados ao seu governo.
"A folha de coca para a cultura ocidental era cocaína, era veneno. A folha de coca para os gringos era veneno, ainda que em alguns tempos tenham usado a folha de coca também para saquear os nossos recursos naturais", afirmou.
O presidente disse, no entanto, que "está provado que a folha de coca é alimento, é medicina". Segundo ele, há estudos científicos que apontam que a planta é usada para combater doenças como a diabete e a obesidade, e também prolonga os anos de vida.
Morales também mencionou que costuma consumir duas vezes ao dia de duas a três colheradas de farinha de folha de coca misturada com mel e que isso faz com que esteja bem de saúde.
"A união foi muito importante para recuperar a nossa folha de coca frente às políticas de satanização, de penalização, de eliminação da folha de coca".
Na Bolívia, a planta tem usos tradicionais, culturais e medicinais reconhecidos na Constituição vigente no país desde 2009, mas uma parte dos cultivos é desviada ao narcotráfico para a fabricação de cocaína.
Morales promulgou em 2016 uma lei que declarou 11 de janeiro como o "Dia Nacional do Acullico" para comemorar que nessa data, em 2013, a Bolívia voltou a participar da Convenção Única de Entorpecentes de 1961 das Nações Unidas, sem renunciar à mastigação e ao uso tradicional das folhas de coca em seu território.
A convenção antidrogas estabelece que a coca é um entorpecente com alcaloides que podem se transformar em cocaína e por isso mantém vetada sua exportação, mas a ONU aceitou que seja respeitada a tradição de mastigar a planta na Bolívia.
A Lei Geral da Coca, vigente desde março de 2017, aumentou a área de cultivos legais da planta de 12 mil para 22 mil hectares.
Em julho do ano passado, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime apresentou um relatório que aponta que a Bolívia tinha 23.100 hectares de cultivo em 2016, 14% a mais do que o reportado em 2015.
Morales, acompanhado pelo vice-presidente Álvaro García Linera, fez essas afirmações em um ato na praça Murillo de La Paz, sede do Executivo e do Legislativo, ao qual compareceram produtores e vendedores de folha de coca alinhados ao seu governo.
"A folha de coca para a cultura ocidental era cocaína, era veneno. A folha de coca para os gringos era veneno, ainda que em alguns tempos tenham usado a folha de coca também para saquear os nossos recursos naturais", afirmou.
O presidente disse, no entanto, que "está provado que a folha de coca é alimento, é medicina". Segundo ele, há estudos científicos que apontam que a planta é usada para combater doenças como a diabete e a obesidade, e também prolonga os anos de vida.
Morales também mencionou que costuma consumir duas vezes ao dia de duas a três colheradas de farinha de folha de coca misturada com mel e que isso faz com que esteja bem de saúde.
"A união foi muito importante para recuperar a nossa folha de coca frente às políticas de satanização, de penalização, de eliminação da folha de coca".
Na Bolívia, a planta tem usos tradicionais, culturais e medicinais reconhecidos na Constituição vigente no país desde 2009, mas uma parte dos cultivos é desviada ao narcotráfico para a fabricação de cocaína.
Morales promulgou em 2016 uma lei que declarou 11 de janeiro como o "Dia Nacional do Acullico" para comemorar que nessa data, em 2013, a Bolívia voltou a participar da Convenção Única de Entorpecentes de 1961 das Nações Unidas, sem renunciar à mastigação e ao uso tradicional das folhas de coca em seu território.
A convenção antidrogas estabelece que a coca é um entorpecente com alcaloides que podem se transformar em cocaína e por isso mantém vetada sua exportação, mas a ONU aceitou que seja respeitada a tradição de mastigar a planta na Bolívia.
A Lei Geral da Coca, vigente desde março de 2017, aumentou a área de cultivos legais da planta de 12 mil para 22 mil hectares.
Em julho do ano passado, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime apresentou um relatório que aponta que a Bolívia tinha 23.100 hectares de cultivo em 2016, 14% a mais do que o reportado em 2015.
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