Volkswagen afasta diretor por testes de emissão de gases com macacos
(Corrige cargo do diretor afastado)
Frankfurt (Alemanha), 30 jan (EFE).- A fabricante de automóveis alemã Volkswagen, afastou seu diretor de relações institucionais, Thomas Steg, após ser divulgada a realização de testes nos quais macacos foram expostos a emissões de diesel para supostamente demonstrar que este combustível não é nocivos à saúde, informou nesta terça-feira a companhia.
Em um comunicado, a Volkswagen apontou que a direção da empresa se reuniu hoje e "aceitou o pedido de licença temporária" de Steg e o retirou de suas funções "até que o ocorrido seja completamente esclarecido".
"O senhor Steg declarou que assume toda a responsabilidade. Isso eu respeito", afirmou o presidente da Volkswagen, Matthias Müller, segundo a nota da empresa.
Müller disse que estão sendo investigados "detalhadamente" os trabalhos realizados pela Associação Europeia de Estudos sobre a Saúde e o Meio Ambiente no Transporte (EUGT) - financiada por Volkswagen, BMW e Daimler - para "extrair todas as consequências necessárias".
Segundo os jornais alemães "Süddeutsche Zeitung" e "Stuttgarter Zeitung", a EUGT - associação dissolvida em 2017 - iniciou uma pesquisa nos Estados Unidos na qual macacos e seres humanos inalaram gases com o suposto propósito de determinar os efeitos do dióxido de nitrogênio (NO2) sobre o sistema respiratório e sobre a circulação sanguínea.
Steg disse hoje que os testes em que macacos foram expostos a emissões de diesel para supostamente demonstrar que este combustível não é tão nocivo para a saúde "não deveriam ter acontecido".
Em uma entrevista ao jornal alemão "Bild Zeitung", Steg reconheceu que foi informado por e-mail que a EUGT pretendia fazer experiências também com humanos.
"Respondi que, naturalmente, não podia admitir isso", disse Steg, que afirmou que esse estudo "então não foi realizado".
O gerente acrescentou que, depois que os testes com humanos foram rejeitados, em junho de 2013 a EUG decidiu realizar o estudo com macacos e, segundo ele, "foram respeitados os padrões científicos internacionais".
Steg considerou, no entanto, que "sob a perspectiva de hoje, o estudo não deveria ter sido executado, mesmo que em diferentes condições".
Matthias Müller se desculpou ontem à noite durante uma recepção com empresários e considerou que os testes foram "repugnantes e antiéticos".
As funções de Steg como chefe de relações institucionais serão assumidas por Jens Hanefeld, até agora responsável pela política internacional e europeia da empresa, segundo o comunicado da Volkswagen.
Frankfurt (Alemanha), 30 jan (EFE).- A fabricante de automóveis alemã Volkswagen, afastou seu diretor de relações institucionais, Thomas Steg, após ser divulgada a realização de testes nos quais macacos foram expostos a emissões de diesel para supostamente demonstrar que este combustível não é nocivos à saúde, informou nesta terça-feira a companhia.
Em um comunicado, a Volkswagen apontou que a direção da empresa se reuniu hoje e "aceitou o pedido de licença temporária" de Steg e o retirou de suas funções "até que o ocorrido seja completamente esclarecido".
"O senhor Steg declarou que assume toda a responsabilidade. Isso eu respeito", afirmou o presidente da Volkswagen, Matthias Müller, segundo a nota da empresa.
Müller disse que estão sendo investigados "detalhadamente" os trabalhos realizados pela Associação Europeia de Estudos sobre a Saúde e o Meio Ambiente no Transporte (EUGT) - financiada por Volkswagen, BMW e Daimler - para "extrair todas as consequências necessárias".
Segundo os jornais alemães "Süddeutsche Zeitung" e "Stuttgarter Zeitung", a EUGT - associação dissolvida em 2017 - iniciou uma pesquisa nos Estados Unidos na qual macacos e seres humanos inalaram gases com o suposto propósito de determinar os efeitos do dióxido de nitrogênio (NO2) sobre o sistema respiratório e sobre a circulação sanguínea.
Steg disse hoje que os testes em que macacos foram expostos a emissões de diesel para supostamente demonstrar que este combustível não é tão nocivo para a saúde "não deveriam ter acontecido".
Em uma entrevista ao jornal alemão "Bild Zeitung", Steg reconheceu que foi informado por e-mail que a EUGT pretendia fazer experiências também com humanos.
"Respondi que, naturalmente, não podia admitir isso", disse Steg, que afirmou que esse estudo "então não foi realizado".
O gerente acrescentou que, depois que os testes com humanos foram rejeitados, em junho de 2013 a EUG decidiu realizar o estudo com macacos e, segundo ele, "foram respeitados os padrões científicos internacionais".
Steg considerou, no entanto, que "sob a perspectiva de hoje, o estudo não deveria ter sido executado, mesmo que em diferentes condições".
Matthias Müller se desculpou ontem à noite durante uma recepção com empresários e considerou que os testes foram "repugnantes e antiéticos".
As funções de Steg como chefe de relações institucionais serão assumidas por Jens Hanefeld, até agora responsável pela política internacional e europeia da empresa, segundo o comunicado da Volkswagen.
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