Macacos foram obrigados a respirar gás de motores por 4 horas, diz relatório
Frankfurt (Alemanha), 31 jan (EFE).- Dez macacos, encarcerados em uma pequena jaula de vidro, foram expostos durante quatro horas a respirar os gases de motores a diesel nos experimentos financiados por três fabricantes automobilísticos alemães, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira pelo jornal alemão "Bild Zeitung".
O relatório do laboratório que realizou o experimento para a Associação Europeia de Estudos sobre a Saúde e o Meio Ambiente no Transporte (EUGT) - financiada pelas montadoras Volkswagen, BMW e Daimler - mostra que os gases de escape da combustão dos motores a diesel eram introduzidos através de tubos na jaula onde estavam os animais.
Os macacos, que segundo o relatório sofriam de "stress", assistiam durante os experimentos - realizados em maio de 2015 - filmes de animação para que relaxassem, segundo o jornal.
Além disso, lhes era introduzido um endoscópio especial pelo nariz ou pela boca até os brônquios e eram submetidos a exames de sangue, de acordo com o resumo que o jornal publica do relatório de 58 páginas, ao qual assegura ter tido acesso.
Os animais foram expostos aos gases de combustão de um Volkswagen Beetle de 2013 e de uma caminhonete Ford de 1997 com o objetivo de demonstrar que os do primeiro eram mais limpos, mas os resultados não foram os esperados, segundo o jornal.
Na segunda-feira passada dois jornais alemães, "Süddeutsche Zeitung" e "Stuttgarter Zeitung", revelaram o escândalo dos experimentos com animais realizados pela EUGT nos Estados Unidos para supostamente demonstrar que as emissões do novo diesel não eram tão nocivas para a saúde.
Os jornais asseguraram ainda que também tinham sido realizados experimentos com humanos com o mesmo propósito.
O então responsável do conselho de pesquisa da EUGT, Helmut Greim, declarou à revista "Der Spiegel" que os fabricantes automobilísticos "naturalmente sabiam dos experimentos" e assegurou que "não fizeram nenhuma objeção".
O presidente da Volkswagen, Matthias Müller, afirmou na segunda-feira, após saber da notícia, que os teste foram "repugnantes e antiéticos" e considerou que demonstram que sua empresa e a indústria devem confrontar-se de maneira "mais séria e sensível com as questões éticas".
Müller reconheceu que alguns funcionários da Volkswagen tinham informações sobre os controversos experimentos e anunciou uma investigação interna.
A Volkswagen afastou ontem temporariamente seu encarregado-geral, Thomas Steg, por sua relação com o caso "até que se esclareça completamente o ocorrido".
"O senhor Steg declarou que assume toda a responsabilidade. Eu respeito isso", disse Müller.
Steg tinha reconhecido em uma entrevista que foi informado por e-mail que a EUGT pretendia experimentar também com humanos e assegurou que rejeitou essa possibilidade.
No entanto, admitiu que foram realizados experimentos com macacos nos quais, segundo disse, "foram respeitados os padrões científicos internacionais".
O relatório do laboratório que realizou o experimento para a Associação Europeia de Estudos sobre a Saúde e o Meio Ambiente no Transporte (EUGT) - financiada pelas montadoras Volkswagen, BMW e Daimler - mostra que os gases de escape da combustão dos motores a diesel eram introduzidos através de tubos na jaula onde estavam os animais.
Os macacos, que segundo o relatório sofriam de "stress", assistiam durante os experimentos - realizados em maio de 2015 - filmes de animação para que relaxassem, segundo o jornal.
Além disso, lhes era introduzido um endoscópio especial pelo nariz ou pela boca até os brônquios e eram submetidos a exames de sangue, de acordo com o resumo que o jornal publica do relatório de 58 páginas, ao qual assegura ter tido acesso.
Os animais foram expostos aos gases de combustão de um Volkswagen Beetle de 2013 e de uma caminhonete Ford de 1997 com o objetivo de demonstrar que os do primeiro eram mais limpos, mas os resultados não foram os esperados, segundo o jornal.
Na segunda-feira passada dois jornais alemães, "Süddeutsche Zeitung" e "Stuttgarter Zeitung", revelaram o escândalo dos experimentos com animais realizados pela EUGT nos Estados Unidos para supostamente demonstrar que as emissões do novo diesel não eram tão nocivas para a saúde.
Os jornais asseguraram ainda que também tinham sido realizados experimentos com humanos com o mesmo propósito.
O então responsável do conselho de pesquisa da EUGT, Helmut Greim, declarou à revista "Der Spiegel" que os fabricantes automobilísticos "naturalmente sabiam dos experimentos" e assegurou que "não fizeram nenhuma objeção".
O presidente da Volkswagen, Matthias Müller, afirmou na segunda-feira, após saber da notícia, que os teste foram "repugnantes e antiéticos" e considerou que demonstram que sua empresa e a indústria devem confrontar-se de maneira "mais séria e sensível com as questões éticas".
Müller reconheceu que alguns funcionários da Volkswagen tinham informações sobre os controversos experimentos e anunciou uma investigação interna.
A Volkswagen afastou ontem temporariamente seu encarregado-geral, Thomas Steg, por sua relação com o caso "até que se esclareça completamente o ocorrido".
"O senhor Steg declarou que assume toda a responsabilidade. Eu respeito isso", disse Müller.
Steg tinha reconhecido em uma entrevista que foi informado por e-mail que a EUGT pretendia experimentar também com humanos e assegurou que rejeitou essa possibilidade.
No entanto, admitiu que foram realizados experimentos com macacos nos quais, segundo disse, "foram respeitados os padrões científicos internacionais".
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