União Europeia aprova compra da Monsanto pela Bayer com condições
Bruxelas, 21 mar (EFE).- A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), deu nesta quarta-feira sinal verde com condições para a compra da agroquímica americana Monsanto por parte do grupo químico e farmacêutico alemão Bayer, uma operação de US$ 66 bilhões que resultará no maior gigante mundial de fabricação de sementes e adubos.
Para conseguir a aprovação, a Bayer se comprometeu a vender todo o seu negócio de sementes e parte do de fitossanitários à concorrente alemã BASF, uma operação anunciada em outubro precisamente para conseguir o sinal verde da União Europeia (UE) e que levará a BASF a pagar 5,9 bilhões de euros.
"Aprovamos os planos da Bayer para absorver a Monsanto porque os remédios propostos pelas partes, por um valor de mais de 6 bilhões de euros, respondem totalmente às nossas preocupações em matéria de concorrência", disse a comissária europeia do ramo, Margrethe Vestager, em comunicado.
O Executivo comunitário deve agora completar a revisão da compra por parte da BASF e a Bayer só poderá completar a fusão com Monsanto quando essa operação também receber sinal verde.
A Comissão abriu em agosto uma investigação sobre a compra da Monsanto que determinou que, se a mesma ocorresse sem condições, teria reduzido a concorrência nos mercados de sementes e pesticidas, nos quais a americana e a Bayer são rivais, assim como em matéria de inovação.
Para responder a esses problemas, a Bayer se comprometeu a vender à BASF quase a totalidade de seu negócio mundial de sementes, não só de colza e algodão, nos quais se sobrepõe com a Monsanto, mas também de soja e trigo, para garantir a viabilidade da BASF, que, neste momento, não vende sementes.
A Bayer também venderá à BASF o seu departamento de pesquisa e desenvolvimento e o seu negócio de caracteres vegetais, geneticamente modificados e não modificados.
Além disso, a Bayer cederá seus ativos do pesticida glufosinato e três linhas de pesquisa em herbicidas não seletivos.
"À primeira vista, a BASF parece um comprador apropriado porque a empresa, atualmente, não vende sementes nem herbicidas não seletivos e isso significa que as sobreposições no setor seriam limitadas", disse a Comissão Europeia em comunicado.
Bruxelas, no entanto, indicou que BASF e Bayer devem agora provar que a primeira será capaz de desenvolver o negócio adquirido e concorrer com a empresa que resultará da fusão e no mercado agroquímico em geral.
A Bayer confirmou em setembro de 2016 a compra, que lhe levará a pagar US$ 128 por ação, e acredita que concluirá a operação no princípio deste ano após ter recebido sinal verde na China.
A empresa alemã está em 77 países e dá trabalho para 116.800 pessoas, enquanto a americana tem presença em 68 países, entre eles 11 latino-americanos, e emprega 22.000 indivíduos.
O sinal verde da UE representa o ápice de um processo de consolidação no setor agroquímico mundial, depois que Bruxelas autorizou em março de 2017 a fusão entre Dow Chemical e DuPont e, em abril, a de Syngenta e Chemchina.
Calcula-se que Bayer e Monsanto faturariam juntas 23 bilhões de euros anuais; Syngenta e Chemchina, 14,8 bilhões de euros, e Dow Chemical e Dupont, 14,6 bilhões, com o que cobririam mais da metade de um mercado que movimenta 85 bilhões de euros.
Para conseguir a aprovação, a Bayer se comprometeu a vender todo o seu negócio de sementes e parte do de fitossanitários à concorrente alemã BASF, uma operação anunciada em outubro precisamente para conseguir o sinal verde da União Europeia (UE) e que levará a BASF a pagar 5,9 bilhões de euros.
"Aprovamos os planos da Bayer para absorver a Monsanto porque os remédios propostos pelas partes, por um valor de mais de 6 bilhões de euros, respondem totalmente às nossas preocupações em matéria de concorrência", disse a comissária europeia do ramo, Margrethe Vestager, em comunicado.
O Executivo comunitário deve agora completar a revisão da compra por parte da BASF e a Bayer só poderá completar a fusão com Monsanto quando essa operação também receber sinal verde.
A Comissão abriu em agosto uma investigação sobre a compra da Monsanto que determinou que, se a mesma ocorresse sem condições, teria reduzido a concorrência nos mercados de sementes e pesticidas, nos quais a americana e a Bayer são rivais, assim como em matéria de inovação.
Para responder a esses problemas, a Bayer se comprometeu a vender à BASF quase a totalidade de seu negócio mundial de sementes, não só de colza e algodão, nos quais se sobrepõe com a Monsanto, mas também de soja e trigo, para garantir a viabilidade da BASF, que, neste momento, não vende sementes.
A Bayer também venderá à BASF o seu departamento de pesquisa e desenvolvimento e o seu negócio de caracteres vegetais, geneticamente modificados e não modificados.
Além disso, a Bayer cederá seus ativos do pesticida glufosinato e três linhas de pesquisa em herbicidas não seletivos.
"À primeira vista, a BASF parece um comprador apropriado porque a empresa, atualmente, não vende sementes nem herbicidas não seletivos e isso significa que as sobreposições no setor seriam limitadas", disse a Comissão Europeia em comunicado.
Bruxelas, no entanto, indicou que BASF e Bayer devem agora provar que a primeira será capaz de desenvolver o negócio adquirido e concorrer com a empresa que resultará da fusão e no mercado agroquímico em geral.
A Bayer confirmou em setembro de 2016 a compra, que lhe levará a pagar US$ 128 por ação, e acredita que concluirá a operação no princípio deste ano após ter recebido sinal verde na China.
A empresa alemã está em 77 países e dá trabalho para 116.800 pessoas, enquanto a americana tem presença em 68 países, entre eles 11 latino-americanos, e emprega 22.000 indivíduos.
O sinal verde da UE representa o ápice de um processo de consolidação no setor agroquímico mundial, depois que Bruxelas autorizou em março de 2017 a fusão entre Dow Chemical e DuPont e, em abril, a de Syngenta e Chemchina.
Calcula-se que Bayer e Monsanto faturariam juntas 23 bilhões de euros anuais; Syngenta e Chemchina, 14,8 bilhões de euros, e Dow Chemical e Dupont, 14,6 bilhões, com o que cobririam mais da metade de um mercado que movimenta 85 bilhões de euros.
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