Empresa de brinquedos eróticos ganha disputa para anunciar no metrô de NY
Laura Barros.
Nova York, 25 mai (EFE).- Ao longo dos anos, o metrô de Nova York foi cenário de vários tipos de anúncios publicitários, de peças de teatro a tratamentos para disfunção erétil, e desta vez quem acaba de ganhar as paredes dos trens é uma empresa de brinquedos eróticos.
O caminho não foi fácil. Depois de ter vetado a campanha, a Autoridade Metropolitana de Nova York (MTA) aceitou que a Unbound Babes promova sua marca e seus produtos voltados ao público feminino, com a condição de revisar os anúncios.
Depois de algumas polêmicas, como a que obrigou a retirada das chamadas para uma série de TV que incluía símbolos nazistas e de reivindicações para não promover bebidas alcoólicas, o sistema de transporte nova-iorquino se vê diante do dilema de garantir igualdade entre os anunciantes e de não ferir a sensibilidade de alguns usuários.
Nos icônicos vagões que circulam barulhentamente pela cidade é comum ver publicidades que são um filão para o sistema de transporte, no qual viajam diariamente mais de 5,1 milhões de pessoas. Mas o negócio estremeceu quando cinco anúncios da Unbound preparados para atrair a atenção dos milhares de usuários foram recusados, o que gerou reivindicação da empresa, que se queixou nas redes sociais - com a hashtag #WTFMTA - de um duplo padrão para selecionar publicidades e divulgou seus anúncios comparando com outros já aprovados pela agência de transporte.
Ao lado de mensagens religiosas, institucionais e inclusive - e muito populares - contra a disfunção erétil, a Unbound tinha planejado instalar criações coloridas dos artistas Kristen Liu-Wong, Loveis Wise, Robin Eisenberg, Yoko Honda e Laura Callaghan. As mensagens ilustram, por exemplo, uma mulher vendo televisão na cama, cercada por plantas e vários objetos (entre eles brinquedos sexuais), um casal feminino e uma mulher vestindo um roupão e levantando a tampa de uma bandeja para descobrir que dentro tem um moderno vibrador rosa.
A MTA argumentou, segundo a imprensa americana, que as imagens de vibradores violavam as regras de publicidade contra obscenidade, mas depois repensou e anunciou, através do porta-voz Jon Weinstein, que trabalhará com a empresa em uma solução "que seja agradável para todas as partes". Em declarações a jornais locais, Weinstein disse que a MTA continuará fazendo com que as suas políticas sejam aplicadas de maneira igual e justa.
A cofundadora e CEO da Unbound, Polly Rodríguez, disse à Agência Efe que a ideia de fazer a campanha no metrô surgiu porque Nova York é o seu lar e este sistema é parte da sua vida.
"Chamamos cinco artistas que admiramos para criar peças que incluíssem nossos produtos e nossa marca, e representassem o amor próprio", explicou, depois de dizer que o começo da empresa foi inspirado, em parte, na experiência "incômoda" que teve na primeira vez que quis comprar brinquedos eróticos.
Ela defendeu a empresa, cujo forte é o comércio eletrônico, completado por uma revista online, e incentivou as mulheres a acessarem o site para fazer perguntas, explorar a própria sexualidade e se divertir. Sobre a polêmica, ela afirmou que outras empresas já anunciaram produtos para mulheres, mas que quando eles são relacionados à sexualidade feminina ou à saúde reprodutiva "surgem grandes desafios". Entre eles, ela lembrou o caso da empresa de calcinhas menstruais "Thinx", que travou uma batalha para anunciar o seu produto.
"É frustrante que as políticas da MTA para a aprovação de publicidade ainda não tenham se atualizada", disse ela, ressaltando que o ideal seria as novas diretrizes tenham um impacto durável.
Nova York, 25 mai (EFE).- Ao longo dos anos, o metrô de Nova York foi cenário de vários tipos de anúncios publicitários, de peças de teatro a tratamentos para disfunção erétil, e desta vez quem acaba de ganhar as paredes dos trens é uma empresa de brinquedos eróticos.
O caminho não foi fácil. Depois de ter vetado a campanha, a Autoridade Metropolitana de Nova York (MTA) aceitou que a Unbound Babes promova sua marca e seus produtos voltados ao público feminino, com a condição de revisar os anúncios.
Depois de algumas polêmicas, como a que obrigou a retirada das chamadas para uma série de TV que incluía símbolos nazistas e de reivindicações para não promover bebidas alcoólicas, o sistema de transporte nova-iorquino se vê diante do dilema de garantir igualdade entre os anunciantes e de não ferir a sensibilidade de alguns usuários.
Nos icônicos vagões que circulam barulhentamente pela cidade é comum ver publicidades que são um filão para o sistema de transporte, no qual viajam diariamente mais de 5,1 milhões de pessoas. Mas o negócio estremeceu quando cinco anúncios da Unbound preparados para atrair a atenção dos milhares de usuários foram recusados, o que gerou reivindicação da empresa, que se queixou nas redes sociais - com a hashtag #WTFMTA - de um duplo padrão para selecionar publicidades e divulgou seus anúncios comparando com outros já aprovados pela agência de transporte.
Ao lado de mensagens religiosas, institucionais e inclusive - e muito populares - contra a disfunção erétil, a Unbound tinha planejado instalar criações coloridas dos artistas Kristen Liu-Wong, Loveis Wise, Robin Eisenberg, Yoko Honda e Laura Callaghan. As mensagens ilustram, por exemplo, uma mulher vendo televisão na cama, cercada por plantas e vários objetos (entre eles brinquedos sexuais), um casal feminino e uma mulher vestindo um roupão e levantando a tampa de uma bandeja para descobrir que dentro tem um moderno vibrador rosa.
A MTA argumentou, segundo a imprensa americana, que as imagens de vibradores violavam as regras de publicidade contra obscenidade, mas depois repensou e anunciou, através do porta-voz Jon Weinstein, que trabalhará com a empresa em uma solução "que seja agradável para todas as partes". Em declarações a jornais locais, Weinstein disse que a MTA continuará fazendo com que as suas políticas sejam aplicadas de maneira igual e justa.
A cofundadora e CEO da Unbound, Polly Rodríguez, disse à Agência Efe que a ideia de fazer a campanha no metrô surgiu porque Nova York é o seu lar e este sistema é parte da sua vida.
"Chamamos cinco artistas que admiramos para criar peças que incluíssem nossos produtos e nossa marca, e representassem o amor próprio", explicou, depois de dizer que o começo da empresa foi inspirado, em parte, na experiência "incômoda" que teve na primeira vez que quis comprar brinquedos eróticos.
Ela defendeu a empresa, cujo forte é o comércio eletrônico, completado por uma revista online, e incentivou as mulheres a acessarem o site para fazer perguntas, explorar a própria sexualidade e se divertir. Sobre a polêmica, ela afirmou que outras empresas já anunciaram produtos para mulheres, mas que quando eles são relacionados à sexualidade feminina ou à saúde reprodutiva "surgem grandes desafios". Entre eles, ela lembrou o caso da empresa de calcinhas menstruais "Thinx", que travou uma batalha para anunciar o seu produto.
"É frustrante que as políticas da MTA para a aprovação de publicidade ainda não tenham se atualizada", disse ela, ressaltando que o ideal seria as novas diretrizes tenham um impacto durável.
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