OCDE eleva perspectivas de crescimento econômico, mas teme guerra comercial
Paris, 30 mai (EFE).- O mundo voltou finalmente à expansão econômica de uma maneira que não era vista desde antes da crise, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que elevou suas previsões de crescimento para este ano e o próximo, mas chamou a atenção para alguns riscos, especialmente o de uma possível guerra comercial.
Em seu relatório de perspectivas publicado nesta quarta-feira, a OCDE indicou que a progressão do Produto Interno Bruto (PIB) no mundo será de 3,8% em 2018, o que significa um décimo a mais que em sua análise anterior, de seis meses atrás.
A revisão para cima é ainda maior para 2019, de três décimos, até 3,9%, um ritmo que pode ser explicado, em primeiro lugar, pelo impulso dado pelos investimentos e pelo comércio mundial.
As taxas de juros muito baixas mantidas pelos principais bancos centrais e os estímulos fiscais foram os grandes alicerces desse crescimento, mas a volta à normalidade na política monetária exige uma melhora na produtividade.
Para que isso ocorra, segundo o economista-chefe da OCDE, Álvaro Pereira, é preciso retomar o ritmo das reformas estruturais, que foram deixadas de lado nos últimos anos, precisamente ao calor de uma recuperação que parecia fazê-las menos urgentes.
Já em relação aos riscos, Pereira advertiu sobre as tensões comerciais, e recomendou a "continuidade do diálogo", porque a eventualidade de uma guerra comercial é algo que "ninguém quer experimentar".
A OCDE se nega a apontar diretamente os Estados Unidos como o país responsável pelas tensões, já que contabilizou 1.200 restrições ao comércio desde 2007 de diferentes membros do G20.
Ao invés de avaliar possíveis impactos funestos, a OCDE prefere assinalar que o comércio mundial cresceria 3% se as tarifas alfandegárias fossem igualadas por baixo.
Outras ameaças que pairam no cenário macroeconômico são o impulso do preço do petróleo - que subiu 50% em 12 meses, em parte pelas tensões políticas com o Irã e pelo aprofundamento da crise na Venezuela - e a volatilidade financeira gerada pelo aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que atingiu a Argentina por tabela.
Os autores do estudo elevaram os números para praticamente a todos os grandes países, com a notável exceção da Itália, que está em plena crise política e deverá passar por novas eleições em breve, e viu suas expectativas, que já eram relativamente ruins, serem corrigidas para baixo.
Os Estados Unidos são um dos exemplos de melhoria das perspectivas, com um crescimento do PIB de 2,9% em 2018 (quatro décimos a mais que o anunciado há seis meses) e de 2,8% em 2019 (sete décimos a mais).
A maior economia do mundo vive o período de expansão mais prolongado em décadas, mas com taxas de crescimento relativamente baixas, o que dá margem para que a dinâmica continue.
Na zona do euro, a correção para cima é menos pronunciada, de um décimo este ano, para 2,2%, e de dois no próximo, para 2,1%.
No entanto, os dois pesos pesados do bloco ficaram abaixo da média: a Alemanha, com 2,1% em 2018 e 2019, e a França, com 1,9% nesses mesmos dois anos.
O caso mais preocupante é o da Itália, cujo PIB terá uma expansão de apenas 1,2% em 2018 e 1% em 2019, dois décimos a menos que o antecipado pela própria OCDE em novembro.
Entre as grandes economias emergentes, os autores do estudo elevaram os prognósticos para Brasil (2% em 2018 e 2,8% em 2019), China (6,7% e 6,4%), Índia (7,4% e 7,5%), México (2,5% e 2,8%), enquanto a Argentina viu suas previsões serem corrigidas para baixo, após a turbulência das últimas semanas por uma fuga maciça de capitais.
Em novembro, a OCDE tinha previsto um aumento do PIB argentino de 3,2% tanto para este ano como para o próximo, mas agora reduziu esses números para 2% e 2,6%, respectivamente.
Em seu relatório de perspectivas publicado nesta quarta-feira, a OCDE indicou que a progressão do Produto Interno Bruto (PIB) no mundo será de 3,8% em 2018, o que significa um décimo a mais que em sua análise anterior, de seis meses atrás.
A revisão para cima é ainda maior para 2019, de três décimos, até 3,9%, um ritmo que pode ser explicado, em primeiro lugar, pelo impulso dado pelos investimentos e pelo comércio mundial.
As taxas de juros muito baixas mantidas pelos principais bancos centrais e os estímulos fiscais foram os grandes alicerces desse crescimento, mas a volta à normalidade na política monetária exige uma melhora na produtividade.
Para que isso ocorra, segundo o economista-chefe da OCDE, Álvaro Pereira, é preciso retomar o ritmo das reformas estruturais, que foram deixadas de lado nos últimos anos, precisamente ao calor de uma recuperação que parecia fazê-las menos urgentes.
Já em relação aos riscos, Pereira advertiu sobre as tensões comerciais, e recomendou a "continuidade do diálogo", porque a eventualidade de uma guerra comercial é algo que "ninguém quer experimentar".
A OCDE se nega a apontar diretamente os Estados Unidos como o país responsável pelas tensões, já que contabilizou 1.200 restrições ao comércio desde 2007 de diferentes membros do G20.
Ao invés de avaliar possíveis impactos funestos, a OCDE prefere assinalar que o comércio mundial cresceria 3% se as tarifas alfandegárias fossem igualadas por baixo.
Outras ameaças que pairam no cenário macroeconômico são o impulso do preço do petróleo - que subiu 50% em 12 meses, em parte pelas tensões políticas com o Irã e pelo aprofundamento da crise na Venezuela - e a volatilidade financeira gerada pelo aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, que atingiu a Argentina por tabela.
Os autores do estudo elevaram os números para praticamente a todos os grandes países, com a notável exceção da Itália, que está em plena crise política e deverá passar por novas eleições em breve, e viu suas expectativas, que já eram relativamente ruins, serem corrigidas para baixo.
Os Estados Unidos são um dos exemplos de melhoria das perspectivas, com um crescimento do PIB de 2,9% em 2018 (quatro décimos a mais que o anunciado há seis meses) e de 2,8% em 2019 (sete décimos a mais).
A maior economia do mundo vive o período de expansão mais prolongado em décadas, mas com taxas de crescimento relativamente baixas, o que dá margem para que a dinâmica continue.
Na zona do euro, a correção para cima é menos pronunciada, de um décimo este ano, para 2,2%, e de dois no próximo, para 2,1%.
No entanto, os dois pesos pesados do bloco ficaram abaixo da média: a Alemanha, com 2,1% em 2018 e 2019, e a França, com 1,9% nesses mesmos dois anos.
O caso mais preocupante é o da Itália, cujo PIB terá uma expansão de apenas 1,2% em 2018 e 1% em 2019, dois décimos a menos que o antecipado pela própria OCDE em novembro.
Entre as grandes economias emergentes, os autores do estudo elevaram os prognósticos para Brasil (2% em 2018 e 2,8% em 2019), China (6,7% e 6,4%), Índia (7,4% e 7,5%), México (2,5% e 2,8%), enquanto a Argentina viu suas previsões serem corrigidas para baixo, após a turbulência das últimas semanas por uma fuga maciça de capitais.
Em novembro, a OCDE tinha previsto um aumento do PIB argentino de 3,2% tanto para este ano como para o próximo, mas agora reduziu esses números para 2% e 2,6%, respectivamente.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.