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Aeroportos de Paris serão privatizados, mas Estado manterá controle

14/06/2018 08h22

Paris, 14 jun (EFE).- O Governo da França vai privatizar a Aeroportos de Paris (ADP), mas o Estado vai estabelecer condições para manter sua possibilidade de controlar a atividade aeroportuária e os investimentos.

O presidente da ADP, Augustin de Romanet, explicou que essas foram as orientações dadas ontem pelo ministro de Economia, Bruno Le Maire, ao comitê executivo, ao qual também insistiu no seu interesse de continuar com o desenvolvimento da empresa.

Em entrevista publicada hoje por "Le Figaro", De Romanet afirmou que a cessão de pelo menos uma parte dos 50,6% do capital nas mãos do Estado é um projeto estudado em profundidade, embora não tenha se pronunciado sobre se isso se traduzirá na tomada de controle por outro grupo, já que isso corresponde ao Governo decidi-lo.

"Qualquer que seja a forma da operação, no que se refere à amplitude do investimento, a minha hipótese é que todos os que queiram comprar a ADP vão seguir nossa linha estratégica, que deu resultados", afirmou De Romanet.

Perguntado sobre se essa privatização poderia representar uma escalada das tarifas pagas pelas companhias aéreas por utilizar as plataformas da ADP (Charles de Gaulle, Orly e Le Bourget), ele respondeu que o contrato de regulação atual contempla um aumento de 50% dos investimentos em relação ao precedente, mas com um aumento dos padrões que será "20% menos rápido".

Segundo os elementos que foram vazados do modo em que o Executivo planeja ceder ações da empresa, a ADP terá uma concessão por um período de 70 anos, frente ao direito permanente que ostenta agora sobre suas plataformas aeroportuárias.

Isso vai representar uma negociação de uma indenização com os acionistas minoritários atuais para compensar a mudança de estatuto.