Polícia alemã detém temporariamente presidente da Audi por caso "dieselgate"
(Atualiza com novas informações).
Frankfurt (Alemanha), 18 jun (EFE).- A polícia da Alemanha deteve temporariamente nesta segunda-feira o presidente da fabricante automobilística Audi, Rupert Stadler, pois Justiça do país considera que existe o risco de ele atrapalhar as investigações sobre a manipulação das emissões de gases.
A matriz Volkswagen detalhou que a detenção de Stadler, que será substituído de forma interina, é temporária e que a sua presunção de inocência está mantida.
Trata-se da primeira detenção de um presidente das companhias automobilísticas que formam o grupo Volkswagen.
Veículos de imprensa alemães informaram que Stadler será substituído de maneira interina por Bram Schot, que foi diretor de vendas da Audi há menos de um ano.
O Ministério Público de Munique, encarregado do caso Audi, ordenou a prisão preventiva porque considera que existe perigo de Stadler atrapalhar a ação da Justiça e tentar influenciar os depoimentos de algumas testemunhas.
Há uma semana, os agentes policiais fizeram buscas na residência de Stadler, que é presidente da Audi há 11 anos, e de outro integrante do comitê executivo da companhia alemã, e apreenderam provas.
Ambos são acusados de mentir e prestar depoimento falso sobre o caso "dieselgate", que envolve a venda de veículos a diesel no mercado europeu equipados com um software para manipular as emissões de gases poluentes e nocivos.
O Ministério Público suspeita que a Audi, companhia que tem 20 funcionários sendo processados e cuja sede se encontra na cidade de Ingolstadt, no sul da Alemanha, vendeu nos EUA e na Europa a partir de 2009 cerca de 220 mil veículos equipados com esse software.
As investigações contra a Audi, nas quais a polícia realizou diligências em sua sede central e na fábrica de Neckarsulm em 2017 e neste ano, são também por publicidade enganosa.
Suspeita-se que Stadler tinha conhecimento da manipulação na Europa, depois que o escândalo veio à tona nos EUA, mas não ordenou que as vendas fossem interrompidas.
Também está sendo processado e esteve em prisão preventiva um ex-diretor de desenvolvimento de motores da Audi e diretor de desenvolvimento da Porsche.
O Ministério Público de Braunschweig, encarregado do caso Volkswagen, impôs na semana passada uma multa de 1 bilhão de euros pela manipulação das emissões de gases em motores a diesel ao grupo Volkswagen, que a aceitou e não recorrerá.
Assim, está encerrado o processo para a Volkswagen, que esperava na semana passada que a multa tivesse "efeitos positivos notáveis" sobre outros processos que o grupo e suas filiais enfrentam em outros países da Europa.
A Justiça alemã considera provado que desde meados de 2007 e até 2015 ocorreram problemas de verificação que permitiram que a Volkswagen equipasse 10,7 milhões de veículos com motores a diesel com uma função de software ilegal, e que os mesmos fossem vendidos e entrassem em circulação.
O conselho de supervisão da Volkswagen se reuniu na tarde de hoje e as ações da companhia caíram 3,08% na Bolsa de Frankfurt, para 156,06 euros.
Em setembro de 2015, o caso "dieselgate" veio à tona nos EUA, o que levou à destituição de vários diretores da Audi e da matriz Volkswagen, entre eles o presidente do grupo naquele momento, Martin Winterkorn.
Frankfurt (Alemanha), 18 jun (EFE).- A polícia da Alemanha deteve temporariamente nesta segunda-feira o presidente da fabricante automobilística Audi, Rupert Stadler, pois Justiça do país considera que existe o risco de ele atrapalhar as investigações sobre a manipulação das emissões de gases.
A matriz Volkswagen detalhou que a detenção de Stadler, que será substituído de forma interina, é temporária e que a sua presunção de inocência está mantida.
Trata-se da primeira detenção de um presidente das companhias automobilísticas que formam o grupo Volkswagen.
Veículos de imprensa alemães informaram que Stadler será substituído de maneira interina por Bram Schot, que foi diretor de vendas da Audi há menos de um ano.
O Ministério Público de Munique, encarregado do caso Audi, ordenou a prisão preventiva porque considera que existe perigo de Stadler atrapalhar a ação da Justiça e tentar influenciar os depoimentos de algumas testemunhas.
Há uma semana, os agentes policiais fizeram buscas na residência de Stadler, que é presidente da Audi há 11 anos, e de outro integrante do comitê executivo da companhia alemã, e apreenderam provas.
Ambos são acusados de mentir e prestar depoimento falso sobre o caso "dieselgate", que envolve a venda de veículos a diesel no mercado europeu equipados com um software para manipular as emissões de gases poluentes e nocivos.
O Ministério Público suspeita que a Audi, companhia que tem 20 funcionários sendo processados e cuja sede se encontra na cidade de Ingolstadt, no sul da Alemanha, vendeu nos EUA e na Europa a partir de 2009 cerca de 220 mil veículos equipados com esse software.
As investigações contra a Audi, nas quais a polícia realizou diligências em sua sede central e na fábrica de Neckarsulm em 2017 e neste ano, são também por publicidade enganosa.
Suspeita-se que Stadler tinha conhecimento da manipulação na Europa, depois que o escândalo veio à tona nos EUA, mas não ordenou que as vendas fossem interrompidas.
Também está sendo processado e esteve em prisão preventiva um ex-diretor de desenvolvimento de motores da Audi e diretor de desenvolvimento da Porsche.
O Ministério Público de Braunschweig, encarregado do caso Volkswagen, impôs na semana passada uma multa de 1 bilhão de euros pela manipulação das emissões de gases em motores a diesel ao grupo Volkswagen, que a aceitou e não recorrerá.
Assim, está encerrado o processo para a Volkswagen, que esperava na semana passada que a multa tivesse "efeitos positivos notáveis" sobre outros processos que o grupo e suas filiais enfrentam em outros países da Europa.
A Justiça alemã considera provado que desde meados de 2007 e até 2015 ocorreram problemas de verificação que permitiram que a Volkswagen equipasse 10,7 milhões de veículos com motores a diesel com uma função de software ilegal, e que os mesmos fossem vendidos e entrassem em circulação.
O conselho de supervisão da Volkswagen se reuniu na tarde de hoje e as ações da companhia caíram 3,08% na Bolsa de Frankfurt, para 156,06 euros.
Em setembro de 2015, o caso "dieselgate" veio à tona nos EUA, o que levou à destituição de vários diretores da Audi e da matriz Volkswagen, entre eles o presidente do grupo naquele momento, Martin Winterkorn.
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