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Cultivo transgênico no mundo registrou crescimento de 3% em 2017

27/06/2018 13h59

Bogotá, 27 jun (EFE).- A área de cultivos geneticamente modificados no ano passado atingiu 189,8 milhões de hectares no mundo, 3% a mais do que os dados registrados em 2016, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Associação de Biotecnologia Vegetal Agrícola (Agro-Bio).

"Os 3% que aumentaram os cultivos biotecnológicos com relação ao ano anterior, corresponde a 4,7 milhões de hectares, o que equivale a quase o tamanho da República Dominicana ou a metade de Portugal", detalhou a entidade em comunicado.

No relatório do Serviço Internacional de Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA, pela sigla em inglês) e a empresa de consultoria inglesa PG Economics, detalha que o aumento corresponde, principalmente, ao aumento dos lucro ao semear transgênicos.

Esse crescimento foi gerado por "elevados preços das matérias-primas, a maior demanda dos mercados, tantos locais como internacionais, e a disponibilidade de melhores tecnologias para sementes".

Enquanto isso, 77% da soja, 80% do algodão, 32% do milho e 30% da canola semeados no mundo são transgênicos.

A Colômbia, por sua vez, semeou no ano passado 95.117 hectares de milho e algodão geneticamente modificados, enquanto os Estados Unidos, Brasil e Argentina "seguem sendo os países com maior área de cultivos com esta tecnologia".

"Este relatório confirma que a adoção de cultivos transgênicos gera mais sustentabilidade e oportunidades para os agricultores", afirmou a diretora-executiva da AgroBio, María Andrea Uscátegui, citada na informação.

Segundo a PG Economics, entre 1996 e 2016 os agricultores obtiveram lucro por 186,1 milhões de dólares graças aos cultivos geneticamente modificados.

A empresa de consultoria britânica também afirmou que a diminuição das emissões de dióxido de carbono relacionado aos transgênicos foi do equivalente a tirar 16,7 milhões de automóveis das estradas.

Além disso, acrescentou que os avanços nos cultivos biotecnológicos permite que os agricultores diminuam em 18,4% o uso de inseticidas e herbicidas.

"A biotecnologia continua sendo uma grande investimento para os agricultores. Por cada dólar investido em sementes melhoradas mediante biotecnologia moderna, os agricultores obtiveram na média US$ 3,49", concluiu a informação.