Dólar dispara na Argentina após péssimo dia na bolsa
Buenos Aires, 28 jun (EFE).- A cotação do dólar disparou nesta quinta-feira no mercado de câmbio da Argentina em um novo capítulo da crise vivida pelo país nos últimos dois meses, um resultado do péssimo dia registrado na bolsa de valores ontem.
Na taxa de câmbio oficial, a moeda americana subiu hoje para 28,60 pesos, uma desvalorização de 2,5% da moeda argentina, a primeira em duas semanas, mas similar ao movimento que gerou alerta no Banco Central da Argentina e no governo de Mauricio Macri.
A crise começou no fim de abril. Desde então, o peso já se desvalorizou quase 40% em relação ao dólar. O governo admite que o câmbio vai pressionar a inflação e causar desaceleração da economia.
A moeda americana subiu hoje mesmo com o Ministério da Fazenda da Argentina aumentando para US$ 150 milhões o valor de dólares vendidos no mercado. Esse tipo de operação cambial foi implementada há alguns dias, após a substituição do presidente do Banco Central, Federico Sturzenegger, pelo ex-ministro de Finanças, Luis Caputo.
"O Banco Central não consegue conter mais a acelerada demanda por dólares", observou o economista Gustavo Ber.
Um dos motivos da valorização do dólar hoje foi a sessão tensa na Bolsa de Buenos Aires ontem. O índice Merval, que reúne as principais ações cotadas no país, caiu 8,96%, evidenciando a fuga dos investidores de ativos na Argentina.
"Desde 1999, é a segunda pior saída de dólares em um só dia, superada apenas pela crise de 2008", revelou Andrés Vilella Weisz, gerente da consultoria Balanz Capital.
Entre as razões da abrupta queda do Merval há também fatores como a aversão ao risco dos investidores sobre a consequência de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, um temor que afetou ontem os mercados emergentes de maneira geral.
"Foi um dia complicado para os emergentes. As bolsas dos emergentes caíram em média 2%", indicou Weisz.
A Argentina não foi exceção, mas elementos internos agravaram o pessimismo dos investidores ontem. Em especial, a incerteza sobre os rumos da economia do país. A previsão oficial de avanço do Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, caiu de 3% para 1%.
Também persistem as dúvidas sobre o cumprimento das ambiciosas metas de inflação e ajuste fiscal incluídas no recente acordo firmado pela Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir um resgate de US$ 50 bilhões em três anos.
Weisz disse que, apesar da alta de 3,57% registrada hoje pelo Merval, a expectativa é que a volatilidade deve seguir nos próximos dias.
Na taxa de câmbio oficial, a moeda americana subiu hoje para 28,60 pesos, uma desvalorização de 2,5% da moeda argentina, a primeira em duas semanas, mas similar ao movimento que gerou alerta no Banco Central da Argentina e no governo de Mauricio Macri.
A crise começou no fim de abril. Desde então, o peso já se desvalorizou quase 40% em relação ao dólar. O governo admite que o câmbio vai pressionar a inflação e causar desaceleração da economia.
A moeda americana subiu hoje mesmo com o Ministério da Fazenda da Argentina aumentando para US$ 150 milhões o valor de dólares vendidos no mercado. Esse tipo de operação cambial foi implementada há alguns dias, após a substituição do presidente do Banco Central, Federico Sturzenegger, pelo ex-ministro de Finanças, Luis Caputo.
"O Banco Central não consegue conter mais a acelerada demanda por dólares", observou o economista Gustavo Ber.
Um dos motivos da valorização do dólar hoje foi a sessão tensa na Bolsa de Buenos Aires ontem. O índice Merval, que reúne as principais ações cotadas no país, caiu 8,96%, evidenciando a fuga dos investidores de ativos na Argentina.
"Desde 1999, é a segunda pior saída de dólares em um só dia, superada apenas pela crise de 2008", revelou Andrés Vilella Weisz, gerente da consultoria Balanz Capital.
Entre as razões da abrupta queda do Merval há também fatores como a aversão ao risco dos investidores sobre a consequência de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, um temor que afetou ontem os mercados emergentes de maneira geral.
"Foi um dia complicado para os emergentes. As bolsas dos emergentes caíram em média 2%", indicou Weisz.
A Argentina não foi exceção, mas elementos internos agravaram o pessimismo dos investidores ontem. Em especial, a incerteza sobre os rumos da economia do país. A previsão oficial de avanço do Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, caiu de 3% para 1%.
Também persistem as dúvidas sobre o cumprimento das ambiciosas metas de inflação e ajuste fiscal incluídas no recente acordo firmado pela Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para conseguir um resgate de US$ 50 bilhões em três anos.
Weisz disse que, apesar da alta de 3,57% registrada hoje pelo Merval, a expectativa é que a volatilidade deve seguir nos próximos dias.
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