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Paraguai quer substituir Ásia por Brasil como origem de importações

26/09/2018 18h36

Assunção, 26 set (EFE).- O governo do Paraguai apresentou nesta quarta-feira a um grupo de empresários brasileiros os incentivos ao investimento externo oferecidos pelo país e mostrou intenção de substituir a Ásia como principal origem de suas importações.

A apresentação ocorreu dentro da 10ª edição da Expo Paraguai-Brasil. Segundo Carlos Paredes, diretor do Rediex, órgão de promoção de investimentos do Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai, o país busca fortalecer empresas brasileiras que investem no país.

"O objetivo é substituir a plataforma da Ásia por uma aqui na fronteira, no Paraguai", disse Paredes.

O Paraguai quer que empresas brasileiras que atualmente estão na Ásia mudem para o país, aproveitando as vantagens apresentadas pelo governo para fazer investimentos no território paraguaio.

O diretor do Rediex afirmou que o Paraguai conta com o melhor clima para os negócios na região. "Oferecemos o segundo maior retorno ao investimento do mundo, já que a média de rentabilidade do dinheiro investido no país é de 22%", explicou Paredes.

"Recebemos cerca de 200 empresas por mês no país, entre as quais 80% são brasileiras", afirmou.

Paredes ressaltou a força da economia paraguaia, que cresceu em média 4,5% ao ano na última década e manteve a inflação abaixo de 5%, longe das tensões regionais.

"Além disso, oferecemos segurança jurídica, já que não mudamos as regras de jogo, apesar de haver mudanças de governo", explicou.

Paredes explicou que a maior facilidade para o investimento no Paraguai é um sistema tributário muito simples. Segundo ele, tanto a taxa sobre o lucro empresarial, como o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (IVA) e os encargos pessoais são de 10%.

Além disso, o país não taxa compras de matérias-primas e máquinas. "As leis trabalhistas são muito simples e os sindicatos carecem de força no setor privado, o que faz com que os custos sejam menores que no Brasil", afirmou.

Apesar dos vários elogios ao próprio governo, Paredes reconheceu que o Paraguai tem problemas na distribuição de energia e que também faltam infraestruturas adequadas ao país.

"Sabemos que o Paraguai precisa melhorar as condições básicas de sua população com urgência e o governo vai investir como nunca nessas áreas", afirmou o diretor do Rediex.