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China defende que restrições ao açúcar brasileiro têm base na OMC

17/10/2018 12h35

Pequim, 17 out (EFE).- O Ministério de Comércio da China defendeu nesta quarta-feira que as medidas de controle aplicadas às importações de açúcar do Brasil têm base nas regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), à qual o governo brasileiro recorreu para pedir que tais medidas sejam negociadas.

Em maio do ano passado, a China impôs restrições às importações de açúcar e aumentou as tarifas para os três anos seguintes (de 45% no primeiro ano, 40% no segundo e 35% no terceiro) aos países que exportassem uma quantidade determinada de açúcar para o país asiático.

O ministério chinês assinalou em comunicado que o Brasil apresentou ontem um pedido para negociar essas medidas sob o sistema de resolução de disputas da OMC.

"A China vai tratá-lo (o pedido) de maneira adequada e de acordo com os procedimentos de resolução de disputas da OMC", afirmou o ministério do país asiático, que, no entanto, considerou que as medidas tomadas condizem com as regras da organização internacional.

Para o governo chinês, "o açúcar é um dos produtos agrícolas importantes na China, que está vinculado com o interesse econômico de mais de 40 milhões de camponeses".

"Devido ao aumento das importações de açúcar, o setor na China foi gravemente prejudicado. O governo chinês, respondendo aos pedidos do setor e de acordo com a lei, tomou essas medidas de garantia", detalhou o Ministério de Comércio chinês na nota.

O Brasil já tinha mostrado seu mal-estar em relação a essas medidas, especialmente depois que o país asiático também impôs restrições às importações de frango em junho, quando o governo brasileiro afirmou que a decisão carecia de "fundamentos".