Odebrecht aposta em transformação e aplaude plano anticorrupção de Bolsonaro
Buenos Aires, 15 nov (EFE).- A Odebrecht defendeu nesta quinta-feira, em Buenos Aires, a política que realiza para evitar comportamentos antiéticos entre funcionários, como parte de seu processo de transformação após protagonizar casos de corrupção que estão no centro da operação Lava Jato, e se mostrou "esperançosa" com os planos anticorrupção do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
"Não é possível construir o futuro se o passado não for reconciliado", afirmou a jornalistas Olga Pontes, chefe de compliance da Odebrecht da construtora.
Após se envolver em pagamentos de propina a políticos em troca de favorecimento em licitações para obras públicas, com ramos não só no Brasil como em diversos países onde atua, a companhia assinou acordos de leniência e iniciou uma renovação de seu Conselho de Administração - no qual incluiu membros independentes de fora da família Odebrecht - e estabeleceu uma política de compliance que estabelece medidas disciplinares para serem aplicadas em casos de práticas corruptas.
"Entender o que a sociedade espera da Odebrecht é muito importante para nós. Tudo o que estamos fazendo é de forma muito assessorada", ressaltou Olga sobre o compromisso de desenvolver uma "atuação ética, íntegra e transparente" depois da crise de reputação na empresa.
Até 2019, a construtora se submete a um monitoramento da Justiça dos Estados Unidos, que segundo a executiva é intenso, mas "fortalecerá" a companhia e está sendo encarado não "como uma penalidade", mas como algo benéfico.
"Vamos abraçar as recomendações", destacou.
Questionada sobre como a empresa encara a chegada de Jair Bolsonaro à presidência, Olga foi taxativa.
"A Odebrecht está em uma luta muito intensa para combater a corrupção em todas as formas. Temos certeza de que um presidente que está para combater a corrupção é um presidente que está na mesma linha que a nossa", declarou, além de elogiar a escolha do juiz Sérgio Moro como novo ministro de Justiça.
"Não é porque é Bolsonaro. É porque Bolsonaro está com a bandeira de combater a corrupção nas empresas, entre os empresários e a sociedade. Não é somente Bolsonaro, são as ideias que ele defende", acrescentou a executiva.
Além disso, tanto Olga como Paulo Levita, diretor de Administração e Finanças da Odebrecht Engenharia & Construção, defenderam que a empresa possa chegar a um acordo de colaboração com as autoridades políticas e judiciárias da Argentina, como ocorreu em outros países.
Em julho de 2017, já com Mauricio Macri como presidente argentino, a companhia foi suspensa durante um ano do registro de construtoras e agora está tentando se recolocar.
Até agora, Argentina, Angola e Venezuela são os únicos países nos quais a Odebrecht tinha operação e não conseguiu obter um acordo.
Os casos de corrupção envolvendo a Odebrecht na Argentina são a concessão de um projeto de ampliação de gasodutos, outro para ampliação da ferrovia Sarmiento, em Buenos Aires, e contratações realizadas pela empresa estatal Água e Saneamentos Argentinos (AySA).
Todos os projetos em questão foram iniciados durante os governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015).
"Não é possível construir o futuro se o passado não for reconciliado", afirmou a jornalistas Olga Pontes, chefe de compliance da Odebrecht da construtora.
Após se envolver em pagamentos de propina a políticos em troca de favorecimento em licitações para obras públicas, com ramos não só no Brasil como em diversos países onde atua, a companhia assinou acordos de leniência e iniciou uma renovação de seu Conselho de Administração - no qual incluiu membros independentes de fora da família Odebrecht - e estabeleceu uma política de compliance que estabelece medidas disciplinares para serem aplicadas em casos de práticas corruptas.
"Entender o que a sociedade espera da Odebrecht é muito importante para nós. Tudo o que estamos fazendo é de forma muito assessorada", ressaltou Olga sobre o compromisso de desenvolver uma "atuação ética, íntegra e transparente" depois da crise de reputação na empresa.
Até 2019, a construtora se submete a um monitoramento da Justiça dos Estados Unidos, que segundo a executiva é intenso, mas "fortalecerá" a companhia e está sendo encarado não "como uma penalidade", mas como algo benéfico.
"Vamos abraçar as recomendações", destacou.
Questionada sobre como a empresa encara a chegada de Jair Bolsonaro à presidência, Olga foi taxativa.
"A Odebrecht está em uma luta muito intensa para combater a corrupção em todas as formas. Temos certeza de que um presidente que está para combater a corrupção é um presidente que está na mesma linha que a nossa", declarou, além de elogiar a escolha do juiz Sérgio Moro como novo ministro de Justiça.
"Não é porque é Bolsonaro. É porque Bolsonaro está com a bandeira de combater a corrupção nas empresas, entre os empresários e a sociedade. Não é somente Bolsonaro, são as ideias que ele defende", acrescentou a executiva.
Além disso, tanto Olga como Paulo Levita, diretor de Administração e Finanças da Odebrecht Engenharia & Construção, defenderam que a empresa possa chegar a um acordo de colaboração com as autoridades políticas e judiciárias da Argentina, como ocorreu em outros países.
Em julho de 2017, já com Mauricio Macri como presidente argentino, a companhia foi suspensa durante um ano do registro de construtoras e agora está tentando se recolocar.
Até agora, Argentina, Angola e Venezuela são os únicos países nos quais a Odebrecht tinha operação e não conseguiu obter um acordo.
Os casos de corrupção envolvendo a Odebrecht na Argentina são a concessão de um projeto de ampliação de gasodutos, outro para ampliação da ferrovia Sarmiento, em Buenos Aires, e contratações realizadas pela empresa estatal Água e Saneamentos Argentinos (AySA).
Todos os projetos em questão foram iniciados durante os governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015).
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