Carlos Ghosn nega ter cometido irregularidades fiscais
O ex-presidente da Nissan Motor e principal responsável pela aliança com Renault e Mitsubishi, Carlos Ghosn, negou ter cometido irregularidades fiscais por supostamente ter declarado remunerações inferiores às recebidas, revelaram fontes ligadas à investigação à emissora pública japonesa "NHK".
Ghosn, de 64 anos, está sendo interrogado pela Promotoria de Tóquio, à qual teria dito que não teve intenção de infravalorizar o seu salário em informações ao regulador da bolsa, segundo as fontes do citado meio, no primeiro pronunciamento do empresário franco-brasileiro sobre as acusações pelas quais está detido.
De acordo com informações da "NHK", os ex-diretor da Nissan Greg Kelly, detido junto com Ghosn por sua participação nas supostas infrações, defendeu que o salário de Ghosn foi discutido com as pessoas pertinentes e gerenciado "adequadamente".
Ghosn e Kelly foram detidos no dia 19 por supostamente ter infringido a legislação de instrumentos financeiros japonesa, porque Ghosn teria declarado remunerações "menores aos números reais" para o regulador da Bolsa de Tóquio "durante muitos anos", segundo os poucos detalhes divulgados oficialmente.
No caso do ex-presidente da firma "foram descobertos outros vários atos de más condutas", como o uso pessoal de bens da companhia.
Segundo fontes da Justiça e empresariais citadas pela imprensa japonesa, Ghosn teria subavaliado seu salário em cerca de 8 bilhões de ienes (o equivalente a R$ 237 milhões) entre 2010 e 2017, não teria reportado lucro pela valorização da bolsa dos seus direitos de ações e teria utilizado em benefício próprio fundos da Nissan destinados a investimentos.
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