Nissan cobriu perdas de Ghosn em investimentos, segundo imprensa japonesa
Tóquio, 27 nov (EFE).- O ex-presidente da Nissan Motor, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, cobriu supostamente com fundos da empresa japonesa perdas de investimentos pessoais no valor de US$ 15 milhões, segundo informou nesta terça-feira a agência local "Kyodo".
De acordo com a agência, que cita fontes conhecedoras deste caso, Ghosn sofreu essas perdas durante a crise financeira de 2008 e não pôde cobri-las, razão pela qual supostamente foram repassadas às contas de Nissan.
Esta revelação se une a uma série de atos de má conduta financeira e fiscal que Ghosn supostamente cometeu nos últimos anos e que derivaram na sua detenção no último dia 19 de novembro.
Ghosn, que está detido em uma prisão de Tóquio à espera da acusação formal, foi afastado do cargo de presidente da Nissan na quinta-feira passada, e nesta segunda-feira também das mesmas funções na Mitsubishi.
Segundo a "Kyodo", o regulador da bolsa de Japão conhecia as perdas de Ghosn pelas suas operações em derivados financeiros e tinha notificado o banco envolvido nessas transações da possibilidade de um caso de abuso de confiança.
A informação, no entanto, não detalha se, caso as perdas tenham sido cobertas pela Nissan, Ghosn pôde devolver essas somas posteriormente, ou se foram anotadas na conta de futuros desembolsos.
Esse caso se une a uma série de acusações das quais Ghosn foi alvo desde que foi detido, na maioria dos casos conhecidos por vazamentos aos meios de comunicação, à espera da divulgação da acusação formal.
Quando foi detido, Ghosn, de 64 anos, foi notificado de que notificou às autoridades metade das receitas que recebeu entre 2011 e 2014 e deixou supostamente sem declarar 5 bilhões de ienes (US$ 43 milhões), segundo informou a promotoria.
Unido a isso, os meios de comunicação citam a possibilidade de que Nissan pagou duas casas de luxo no Rio de Janeiro e em Beirute para o uso de Ghosn, bancou centenas de milhares de dólares em férias familiares e cobriu despesas de aviões privados para seus deslocamentos pessoais.
De acordo com a imprensa local, Ghosn negou estas supostas irregularidades e assegurou que não estava obrigado a declarar às autoridades fiscais os números mencionados.
Aparentemente, tratava-se de somas não abonadas, mas que tinham sido fixadas para quando Ghosn se afastasse de suas funções à frente de Nissan, o que abre disputas legais entre as partes sobre se estava obrigado ou não a pagar impostos por esses pagamentos diferidos.
Segundo informa hoje o jornal financeiro "Nikkei", foi o próprio Ghosn quem ordenou que cerca de 1 bilhão de ienes anuais de suas receitas fossem pagos depois que se retirasse da Nissan, na crença de que a companhia não estava obrigada a registrá-lo nas contas apresentadas aos reguladores das bolsas de valores.
"À margem de quando se determine a data do pagamento, os abonos devem ser reportados (ao regulador da bolsa e às autoridades fiscais) no momento em que se fixaram as quantias", disse ao mesmo jornal o analista contábil e professor universitário Shinji Hatta.
De acordo com a agência, que cita fontes conhecedoras deste caso, Ghosn sofreu essas perdas durante a crise financeira de 2008 e não pôde cobri-las, razão pela qual supostamente foram repassadas às contas de Nissan.
Esta revelação se une a uma série de atos de má conduta financeira e fiscal que Ghosn supostamente cometeu nos últimos anos e que derivaram na sua detenção no último dia 19 de novembro.
Ghosn, que está detido em uma prisão de Tóquio à espera da acusação formal, foi afastado do cargo de presidente da Nissan na quinta-feira passada, e nesta segunda-feira também das mesmas funções na Mitsubishi.
Segundo a "Kyodo", o regulador da bolsa de Japão conhecia as perdas de Ghosn pelas suas operações em derivados financeiros e tinha notificado o banco envolvido nessas transações da possibilidade de um caso de abuso de confiança.
A informação, no entanto, não detalha se, caso as perdas tenham sido cobertas pela Nissan, Ghosn pôde devolver essas somas posteriormente, ou se foram anotadas na conta de futuros desembolsos.
Esse caso se une a uma série de acusações das quais Ghosn foi alvo desde que foi detido, na maioria dos casos conhecidos por vazamentos aos meios de comunicação, à espera da divulgação da acusação formal.
Quando foi detido, Ghosn, de 64 anos, foi notificado de que notificou às autoridades metade das receitas que recebeu entre 2011 e 2014 e deixou supostamente sem declarar 5 bilhões de ienes (US$ 43 milhões), segundo informou a promotoria.
Unido a isso, os meios de comunicação citam a possibilidade de que Nissan pagou duas casas de luxo no Rio de Janeiro e em Beirute para o uso de Ghosn, bancou centenas de milhares de dólares em férias familiares e cobriu despesas de aviões privados para seus deslocamentos pessoais.
De acordo com a imprensa local, Ghosn negou estas supostas irregularidades e assegurou que não estava obrigado a declarar às autoridades fiscais os números mencionados.
Aparentemente, tratava-se de somas não abonadas, mas que tinham sido fixadas para quando Ghosn se afastasse de suas funções à frente de Nissan, o que abre disputas legais entre as partes sobre se estava obrigado ou não a pagar impostos por esses pagamentos diferidos.
Segundo informa hoje o jornal financeiro "Nikkei", foi o próprio Ghosn quem ordenou que cerca de 1 bilhão de ienes anuais de suas receitas fossem pagos depois que se retirasse da Nissan, na crença de que a companhia não estava obrigada a registrá-lo nas contas apresentadas aos reguladores das bolsas de valores.
"À margem de quando se determine a data do pagamento, os abonos devem ser reportados (ao regulador da bolsa e às autoridades fiscais) no momento em que se fixaram as quantias", disse ao mesmo jornal o analista contábil e professor universitário Shinji Hatta.
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