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Executivo-chefe nega parcialidade política do Google no Congresso dos EUA

11/12/2018 14h41

Washington, 11 dez (EFE).- O executivo-chefe do Google, Sundar Pichai, negou nesta terça-feira que o gigante tecnológico seja favorável às correntes políticas mais progressistas, como alguns legisladores e veículos de imprensa afirmaram, em sua primeira audiência no Congresso dos Estados Unidos.

"Dirijo esta empresa sem preconceitos políticos e trabalho para garantir que nossos produtos continuem funcionando dessa maneira. Se o fizesse, iria contra nossos princípios fundamentais e nossos interesses comerciais", afirmou Pichai diante do Comitê Judicial do Senado.

O executivo argumentou que o Google "proporciona plataformas para diversas perspectivas e opiniões" e disse que entre os seus funcionários também existem diferentes ideologias.

Nos últimos meses, o comitê presidido pelo senador republicano Bob Goodlatte realizou audiências para investigar se os gigantes tecnológicos têm algum tipo de parcialidade contrária às correntes conservadoras, entre outras polêmicas.

Outra questão primordial tratada nestes encontros foi a capacidade das empresas tecnológicas de enfrentar a interferência estrangeira nas eleições.

O diretor-geral do Twitter, Jack Dorsey, e a chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, afirmaram em setembro no Senado que suas companhias estão "mais preparadas" para combater esses ataques.

Sheryl e Dorsey defenderam seus esforços quase um ano depois que suas empresas corroborassem diante da mesma comissão que a Rússia usou contas de suas redes para divulgar mensagens políticas com o objeto de interferir nas eleições presidenciais de 2016.

Em abril deste ano, o diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, também respondeu às perguntas dos legisladores, embora nessa ocasião a audiência estivesse vinculada ao escândalo de Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria política que acessou indevidamente 87 milhões de contas de usuários dessa rede.

As medidas que os gigantes tecnológicos estão tomando para combater a desinformação tiveram a oposição de algumas figuras do ramo, como Alex Jones, fundador da página conservadora "InfoWars", que foi vetada pelas duas empresas por violar suas regras de assédio.

Ontem, o Google anunciou que tinha decidido antecipar o fechamento definitivo da sua rede social Google+ para abril de 2019, após ter detectado uma nova falha de segurança que expôs dados de 52,5 milhões de internautas.