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Por paralisação do governo, Trump cancela viagem de comitiva dos EUA a Davos

17/01/2019 22h33

Washington, 17 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou nesta quinta-feira a viagem da delegação americana ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Na semana passada, o próprio presidente já tinha decidido não participar do evento devido à paralisação parcial do governo americano. E hoje, decidiu cancelar a presença de seus assessores.

"Por respeito aos 800 mil grandes trabalhadores americanos que não estão recebendo salário e para garantir que sua equipe possa ajudar no necessário, o presidente Trump cancelou a viagem da delegação ao Fórum Econômico Mundial", disse em comunicado a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

A delegação americana em Davos seria composta pelos secretários de Tesouro, Steven Mnuchin, de Estado, Mike Pompeo, e de Comércio, Wilbur Ross, e pelo representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer.

A decisão foi tomada pela paralisação do governo americano, que completou 27 dias hoje. Sem acordo com os democratas sobre o financiamento do muro na fronteira com o México, Trump não consegue que o Congresso aprove uma proposta de orçamento para financiar 25% dos órgãos do Executivo, deixando 800 mil funcionários sem receber.

No total, cerca de 70 chefes de Estado e de Governo se reunirão na semana que vem em Davos, entre eles o presidente Jair Bolsonaro.

Todos os anos, por uma semana, a pequena cidade suíça se transforma em uma fortaleza, dotada das tecnologias de segurança mais inovadoras do mundo para proteger os líderes mundiais.

Trump foi ao Fórum Econômico Mundial em 2017, dias antes de assumir o poder, se tornando o primeiro presidente eleito dos EUA a comparecer ao evento. No discurso que fez em Davos na ocasião, o republicano gerou tensões pelo tom protecionista.

O presidente americano não será a única ausência notável em Davos neste ano. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou há alguns dias que não iria ao evento devido à crise enfrentada no país pelas manifestações dos chamados "coletes amarelos". EFE