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EUA afirmam que solução para disputa comercial com China está ainda longe

24/01/2019 17h07

Washington, 24 jan (EFE).- O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou nesta quinta-feira que a solução da disputa comercial com a China ainda se encontra "a milhas e milhas" de distância, e previu "muito trabalho" antes da visita na próxima semana do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He.

"Realizamos muito trabalho prévio, mas ainda estamos a milhas e milhas de distância de conseguir uma solução", disse Ross em entrevista à emissora "CNBC".

Por sua parte, o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, reconheceu que as conversas pautadas com Liu e sua equipe para os dias 30 e 31 de janeiro serão "determinantes", mas ressaltou que não são "o final do jogo".

Nesta segunda-feira, o presidente americano, Donald Trump, redobrou sua pressão sobre a China, depois que foi divulgado que o dado de crescimento econômico chinês em 2018 foi de 6,6%, o menor em quase 30 anos.

"A China registrou a taxa de crescimento mais baixa desde 1990 devido às tensões comerciais com os EUA e às novas políticas. Seria muito mais sensato para a China que finalmente fizesse um acordo de verdade, e deixasse de brincar!", alertou Trump.

O presidente americano fixou como data limite para as atuais negociações comerciais com a China o dia 1º de março.

Se não for alcançado um acordo até lá, Trump prometeu elevar de 10% para 25% as tarifas existentes sobre importações chinesas no valor de US$ 200 bilhões.

EUA e China se encontram atualmente no meio de uma trégua comercial pactuada após o encontro de Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, no marco da cúpula do G20 realizada em Buenos Aires em dezembro do ano passado.

A Casa Branca quer que as conversas com a China provoquem mudanças estruturais no sistema comercial chinês, diante do que considera uma transferência forçada de tecnologias e uma pouca proteção da propriedade intelectual, assim como uma abertura do grande mercado asiático a produtos agrícolas e manufaturados americanos. EFE