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EUA e China retomarão negociação comercial em 14 e 15 de fevereiro em Pequim

08/02/2019 15h43

Washington, 8 fev (EFE).- Uma delegação americana estará nos dias 14 e 15 de fevereiro em Pequim para continuar as negociações comerciais, duas semanas antes do final do prazo dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para elevar as tarifas de grande parte das importações da China, informou nesta sexta-feira a Casa Branca.

À frente da delegação estarão o representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, para "discutir a relação comercial bilateral".

Previamente, segundo a nota, serão realizadas reuniões de preparação entre suas respectivas equipes a partir de 11 de fevereiro.

Dentro da delegação americana estará David Malpass, atual subsecretário de Assuntos Internacionais do Tesouro e indicado esta semana pela Casa Branca como candidato a presidir o Banco Mundial.

EUA e China buscam alcançar um acordo que ponha fim à guerra comercial suscitada pela agenda protecionista de Trump, que criticou duramente as políticas comerciais da China.

Após assegurar que o eventual acordo dependeria de um encontro com seu homólogo chinês, Xi Jinping, Trump descartou nesta semana uma reunião antes de março.

No seu discurso do Estado da União desta terça-feira, Trump disse que está trabalhando com Xi por um novo acordo comercial que "deve incluir uma mudança real e estrutural para pôr fim às práticas comerciais desleais, reduzir o déficit comercial crônico e proteger os empregos".

Em dezembro, Trump aceitou suspender durante 90 dias, até 1º de março, o seu plano de subir para 25% as tarifas americanas sobre centenas de produtos chineses.

A dúvida agora reside em se este prazo será ampliado e se as tarifas serão mantidas na taxa atual de 10%.

No total, Washington impôs tarifas a produtos chineses no valor de US$ 250 bilhões desde julho, e Trump tinha ameaçado sancionar bens no valor de US$ 267 bilhões, o que superaria amplamente o volume de importações da China aos EUA, que em 2017 se situou em US$ 506 bilhões.

Como represália, a China aplicou medidas recíprocas a mais de US$ 60 bilhões em importações americanas, quase a metade dos US$ 130 bilhões que comprou em 2017. EFE