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Coreia do Norte pode ser "potência econômica" sem armas nucleares, diz Trump

24/02/2019 14h43

Washington, 24 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou neste domingo o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ao assegurar que o país asiático pode se transformar "em uma das grandes potências econômicas do mundo" se desmantelar seu programa de armas nucleares, um dia antes de viajar para o Vietnã para a segunda cúpula entre as duas nações.

"O presidente Kim sabe, talvez melhor do que ninguém, que sem armas nucleares, seu país poderia se transformar rapidamente em uma das grandes potências econômicas no mundo", afirmou Trump no Twitter.

"Por sua localização e gente (e ele), tem mais potencial para um rápido crescimento que qualquer outra nação", disse o presidente americano, sem oferecer mais detalhes.

Trump também anunciou que viajará na segunda-feira rumo a Hanói (Vietnã) para se reunir com Kim, com quem disse contar com "uma grande relação", na cúpula prevista para esta quarta e quinta-feira.

"Nós dois esperamos a continuidade do progresso feito na primeira reunião em Singapura. Desnuclearização?", acrescentou o presidente americano.

Oito meses depois de fazer história em seu primeiro encontro com o líder norte-coreano, Trump vê a cúpula de Hanói como uma nova oportunidade de assumir o papel de um ator de destaque no cenário mundial e como garantidor de uma trégua nuclear.

Em suas mensagens desta manhã, o presidente americano também destacou "a grande ajuda prestada" pelo presidente da China, Xi Jinping, em apoio ao encontro com Kim, já que "a última coisa" que Pequim quer "são armas nucleares de grande escala na porta ao lado".

A Casa Branca insiste que a grande "prioridade" da cúpula será a desnuclearização e que Trump tentará estipular uma "definição compartilhada" com Kim do que significa este termo.

O enviado especial dos EUA para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, vem tentando há cinco meses conseguir avanços nesse âmbito, mas seu trabalho contrasta com o ceticismo para a diplomacia de John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, e com o empenho do próprio presidente para ser ele mesmo quem negociará um acordo. EFE