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Vale do Silício segue criando empregos, mas está perdendo população

25/02/2019 21h04

San Francisco (EUA), 25 fev (EFE).- Principal centro tecnológico do mundo, o Vale do Silício segue criando novas oportunidades de emprego, mas o aumento do custo de vida e do trânsito derivado do sucesso da região está fazendo a área perder população.

As informações foram publicadas em um relatório do Silicon Valley Competitiveness and Innovation Project, elaborado com dados coletados em 2017. Segundo o documento, as empresas tecnológicas da região entre as cidades de San Francisco e San José, na Califórnia, criaram empregos em um ritmo mais rápido que as instaladas em Seattle, Los Angeles, Boston e Nova York.

As projeções do Silicon Valley Competitiveness and Innovation Project indicam que essa distância se manteve em 2018. O relatório aponta que o desemprego na região é de apenas 2,5%, significativamente abaixo da média americana, que foi de 3,9%, uma das menores já registradas na história do país.

As oportunidades trabalhistas, no entanto, não estão se traduzindo em aumento da população, como vinha ocorrendo nos últimos anos. A região está perdendo 165 moradores por mês desde 2017. Em 2016, a taxa foi de 42 habitantes a menos a cada 30 dias. Um ano antes, último de crescimento de população, uma média de 1.962 pessoas chegavam para viver no Vale do Silício todos os meses.

"A capacidade da nossa região de sustentar os números de crescimento posteriores à recessão está corroendo", indicaram os autores do estudo.

As explicações para a mudança de tendência, afirma o relatório do Silicon Valley Competitiveness and Innovation Project, estão exatamente no sucesso da indústria tecnológica, que transformou a região em um polo de atração de empresas e pessoal qualificado, sem que houvesse crescimento similar na oferta de habitação e na infraestrutura para atender à nova demanda.

Isso fez o preço dos imóveis dispararem, aumentou o custo de vida e elevou os engarrafamentos de forma substancial. EFE