EUA registram em fevereiro geração de emprego mais baixa em 17 meses
Washington, 8 mar (EFE).- O mercado de trabalho nos Estados Unidos registrou em fevereiro a menor quantidade de criação de novas vagas de emprego dos últimos 17 meses, o que representa o último sinal de uma desaceleração mais ampla da economia do país.
A economia americana gerou 20 mil novos postos de trabalho em fevereiro, o menor registro desde setembro de 2017 e muito abaixo das expectativas dos analistas, que tinham antecipado cerca de 175 mil, de acordo com os dados difundidos nesta sexta-feira pelo governo.
De fato, a média mensal de geração de emprego dos últimos 12 meses nos EUA está situada em torno de 200 mil vagas.
O setor da construção, que registrou uma perda de aproximadamente 31 mil postos de trabalho, foi o mais prejudicado.
Apesar da frágil geração de emprego, o índice de desemprego caiu dois décimos em relação a janeiro, para 3,8%, o que mantém a maior economia do mundo em um nível próximo do pleno emprego.
Além disso, fevereiro marcou o mês de número 100 no qual o emprego cresce de maneira consecutiva nos EUA, a sequência mais longa de bonança no mercado de trabalho que se tem conhecimento.
Após a publicação do relatório, o presidente Donald Trump destacou que o desemprego feminino se encontra em níveis muito baixos em comparação com janeiro de 2011, que marca o início da recuperação da crise econômica.
Alguns analistas estavam preocupados que outro índice sólido de geração de emprego neste mês pudesse acelerar o calendário de aumentos nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, banco central).
Não obstante, a taxa de geração de emprego de fevereiro pode respaldar a decisão do Fed de fazer uma pausa nos aumentos dos juros até a segunda metade do ano. Em sua primeira reunião sobre política monetária do ano, realizada em janeiro, o Fed manteve os juros na categoria de entre 2,25% e 2,50%.
No relatório conhecido como "Livro Bege", publicado nesta semana, o banco central constatou o arrefecimento das perspectivas econômicas dos EUA devido à paralisação parcial do governo federal no início de ano, ao enfraquecimento da demanda global e aos maiores custos provocados pelas tarifas impostas por Trump.
Em meados de fevereiro, foi divulgada a primeira estimativa da evolução do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2018, que ficou em 2,9%, o maior ritmo desde 2015.
Em relação a 2019, no entanto, as perspectivas indicam um arrefecimento da economia, cujo crescimento deve ficar em torno de 2,3%, na medida em que os efeitos da reforma tributária aprovada por Trump no fim de 2017 começam a se diluir, segundo as projeções do Fed. EFE
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