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Nova York vai investigar Facebook por violar dados de 1,5 milhão de usuários

25/04/2019 19h35

Nova York, 25 abr (EFE).- A Promotoria-Geral de Nova York anunciou nesta quinta-feira a abertura de uma investigação para descobrir se o Facebook acessou as agendas de contatos de 1,5 milhão de usuários sem consentimento.

Em comunicado, a Promotoria-Geral de Nova York explicou que abriu o procedimento porque o Facebook teve acesso, a partir dos e-mails desses usuários, a centenas de outros milhões de contatos, usados para direcionar melhor a publicidade na rede social.

Ao se registrarem no Facebook, os novos usuários receberam um e-mail de confirmação para certificar que os dados cadastrados na rede social são verdadeiros. No entanto, segundo a promotoria, alguns dos usuários tiveram que ceder suas senhas durante o processo, o que permitiu que o Facebook tivesse acesso aos contatos.

"É hora de o Facebook ser responsabilizado por como administra a informação pessoal de seus usuários", afirmou no comunicado a procuradora-geral de Nova York, Letitia James.

"O Facebook mostrou em diversas ocasiões uma falta de respeito com as informações de seus usuários, enquanto lucrava com tais dados. O anúncio do Facebook que solicitou as agendas de 1,5 milhão de indivíduos é a última amostra de que a empresa não leva a sério o papel de proteger nossas informações pessoais", complementou.

Esta não foi a primeira vez que a Promotoria-Geral de Nova York abriu processos contra empresas de tecnologia pelo mau uso de dados de usuários. Em janeiro, por exemplo, James disse que investigaria a Apple pelo aplicativo "Facetime", que permitia ouvir e ver os usuários de chamadas em grupo antes que eles aceitassem as ligações.

Em 2018, a Promotoria-Geral de Nova York também investigou o Facebook devido ao escândalo envolvendo a consultoria política britânica Cambridge Analytica. EFE