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China garante que negociações comerciais com os EUA continuarão em Pequim

11/05/2019 06h29

Pequim, 11 mai (EFE).- As negociações para resolver a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos "não entraram em colapso" e continuarão em breve em Pequim, disse o vice-primeiro-ministro chinês e líder negociador do país, Liu He, em entrevista publicada neste sábado pela imprensa local.

Em entrevista aos jornalistas antes de retornar de Washington, onde esteve para dar continuidade com as negociações, Liu afirmou que "as negociações não entraram em colapso, muito pelo contrário: acho que estão normais. Nas negociações bilaterais, é inevitável que haja pequenos contratempos".

"Estamos cautelosamente otimistas em relação ao futuro", disse Liu, que descreveu as recentes reuniões na capital americana como "francas e construtivas".

Além disso, o líder negociador do lado chinês admitiu que Pequim e Washington têm diferenças no processo de negociação, embora descarte que seu país tenha recuado nos acordos alcançados em rodadas anteriores da negociação.

"Temos que ir pouco a pouco, é como correr uma maratona: fica mais difícil quando você alcança os últimos quilômetros", explicou Liu.

"A China acredita que as tarifas são o ponto de partida dos confrontos comerciais, se temos que chegar a um acordo, temos que eliminar todos os impostos, esse é o primeiro ponto", afirmou o político.

Um segundo ponto gira em torno do desejo dos EUA de que a China se comprometa a comprar um número maior de produtos americanos a fim de equilibrar uma balança comercial inclinada em favor do país asiático.

"Este é um assunto muito sério", acrescentou Liu. "Nós deixamos muito claro que não podemos fazer concessões em questões de princípios", como estar aberto à cooperação e ser respeitoso.

As declarações de Liu, que escapam à norma dos formalismos expressos após as dez últimas rodadas de negociações anteriores, acontecem horas depois que os EUA impuseram um aumento nas tarifas de 10% para 25% sobre produtos chineses avaliados em US$ 200 bilhões.

Após a entrada em vigor desta medida, ontem, o Ministério do Comércio da China anunciou que tomaria "as contramedidas necessárias", embora, por enquanto, não tenha detalhado quais. EFE