Bannon diz que acabar com a Huawei é mais importante do que acordo comercial
Pequim, 22 mai (EFE).- Steve Bannon, ex-estrategista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o decreto que proíbe as empresas americanas de usarem equipamentos de telecomunicações fabricados por companhias que supostamente servem para espionar é muito mais importante do que um acordo comercial com a China.
"É um assunto de segurança nacional para o Ocidente, (o decreto de Trump) é dez vezes mais importante do que chegar a um acordo comercial", afirmou em entrevista ao jornal "South China Morning Post", de Hong Kong.
Ao se referir especificamente à Huawei, Bannon disse que a empresa "é uma grande ameaça de segurança nacional, não só para os EUA, mas para todo o mundo". "Vamos fechá-la", frisou.
Segundo o jornal, Bannon não deu detalhes sobre os supostos riscos oferecidos pelos produtos da Huawei, que nesta semana foram afetados pela decisão do Google de não conceder acesso a novas atualizações do sistema operacional Android.
"O próximo passo é cortar todas as ofertas públicas iniciais (IPOs) e desemaranhar todos os fundos de pensões e companhias de seguros nos EUA que fornecem capital ao Partido Comunista da China", detalhou.
Bannon opinou que haverá "uma grande jogada em Wall Street para restringir o acesso das empresas chinesas a mercados de capital" até que aceitem uma reforma no sistema econômico, como os EUA exigem.
De acordo com o ex-assessor de Trump, o motivo da guerra econômica é fazer com que a China realize essas reformas que os EUA consideram fundamentais.
"Não acredito que haverá uma resolução rapidamente. É o começo de um processo longo e complicado. Dediquei a minha vida a isto. É o que faço 24 horas por dia. Vamos manter uma pressão implacável", concluiu.
Estados Unidos e China estão envolvidos em uma guerra comercial que começou em março de 2018, mas que piorou de maneira significativa nas últimas semanas, com a imposição de sobretaxas a outros produtos chineses por parte dos EUA e uma medida similar como resposta chinesa.
O caso Huawei é só um dos impasses entre as duas maiores economias do mundo nos últimos meses. A diretora financeira da empresa, Meng Wanzhou, está em liberdade no Canadá por pagamento de fiança e pendente de extradição aos EUA por suposta violação das sanções americanas ao Irã. EFE
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