Fiat vai propor fusão à Renault, diz jornal japonês
Tóquio, 26 mai (EFE).- O grupo Fiat Chrysler Automobile (FCA) vai propor nos próximos dias ao francês Renault uma fusão das duas companhias, informou neste domingo o jornal japonês "Nikkei".
A proposta para iniciar negociações para essa fusão será apresentada "em alguns dias", segundo disseram ao jornal várias fontes da FCA que não foram identificadas.
A informação do "Nikkei" foi divulgada horas depois que o jornal britânico "Financial Times" noticiou que FCA e Renault estavam negociando uma possível aliança por intermédio de conversas que estão em "estado avançado".
De acordo com a publicação do Reino Unido, a Fiat poderia ampliar seus vínculos atuais com a Renault e juntar-se no futuro à aliança da companhia francesa com as japonesas Nissan Motor e Mitsubishi.
O "Nikkei", no entanto, vai além e garante que suas fontes especificaram que a FCA está buscando uma fusão com a Renault, e afirmam que a proposta será apresentada nos próximos dias.
O jornal japonês assegura que, se ocorrer a fusão, a FCA tem a intenção de manter na mesma situação a aliança que a Renault tem com Nissan Motor e Mitsubishi.
A aliança foi estabelecida em 1999 e um de seus responsáveis foi o brasileiro Carlos Ghosn, o ex-executivo que dirigiu as companhias e agora está sendo processado pela Justiça de Japão por supostas irregularidades financeiras.
A Renault expressou anteriormente o seu desejo de chegar a uma fusão com a Nissan Motor, mas o novo presidente da companhia francesa, Jean-Dominique Senard, que substituiu Ghosn, considera que avançar nesta ideia não é prioridade.
A Nissan Motor, que controla a Mitsubishi, não é favorável a uma fusão com a Renault.
Em 14 de maio, o principal diretor da Nissan, Hiroto Saikawa, argumentou que uma possível fusão poderia "minar a força da Nissan".
A Renault, cujo maior acionista é o Estado francês, tem 43,4% das ações da Nissan Motor. A companhia japonesa, por sua vez, tem 15% de capital da francesa.
Segundo o "Nikkei", uma fusão entre Fiat e Renault implicaria em vendas combinadas de 8,72 milhões de veículos, superando os 8,38 milhões da americana General Motors, que no ano passado ficou em quarto lugar no ranking mundial. EFE
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