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Sudão vive dia de greve geral com comércio fechado e serviços paralisados

28/05/2019 13h06

Cartum, 28 mai (EFE).- Os estabelecimentos comerciais da capital Cartum fecharam as portas nesta terça-feira, primeiro dia da greve geral de dois dias convocada pela oposição para pressionar a junta militar que governa o Sudão para que entregue o poder aos civis.

A greve afetou também os serviços bancários, médicos e de transporte, com conexões aéreas e terrestres canceladas, segundo fontes de sindicatos e das Forças de Liberdade e Mudança, plataforma opositora que convocou o protesto.

Muitas empresas privadas e entidades governamentais suspenderam o trabalho hoje, e os funcionários se concentraram diante dos edifícios de escritórios nos quais trabalham.

Esam al Yalili, um porta-voz do Comitê Central de Médicos, um dos órgãos que aderiram à greve, afirmou que a adesão nos hospitais é de mais de 90%, sem levar em conta os serviços de emergência.

A rodoviária de Cartum está praticamente parada, e apenas 90 dos 500 veículos disponíveis foram às ruas, informou à Agência Efe um membro da Câmara de Transporte Terrestre, Osman al Dardiri.

Nas ruas de Cartum, dezenas de cidadãos hastearam bandeiras para encorajar os taxistas a se unirem à greve.

A oposição convocou a greve de 48 horas para pressionar os militares, que governam o Sudão desde que derrubaram Omar al Bashir em 11 de abril, para que entreguem o poder a uma autoridade civil.

Dezenas de associações e grupos de profissionais, trabalhadores e estudantes anunciaram nos últimos dias a adesão à medida de pressão.

A convocação da greve foi rejeitada pela junta militar, assim como por algumas instituições governamentais.

O conselho militar admitiu ontem que o diálogo entre as partes para chegar ao acordo final sobre o governo transitório avança com lentidão. EFE