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Instagram cria ferramenta contra comentários considerados "ofensivos"

08/07/2019 20h31

San Francisco, 8 jul (EFE).- O Instagram anunciou nesta segunda-feira que a partir de agora alertará os usuários que fizerem comentários considerados "ofensivos" pela rede social, para que "reconsiderem" suas palavras antes que estas cheguem ao receptor.

Em comunicado, os responsáveis pela rede social (que pertence ao Facebook) explicaram que a detecção destes comentários se dá graças a um sistema de inteligência artificial treinada para identificar possíveis casos de assédio online e deram como exemplo as frases "você é muito feio e estúpido" e "você é um estúpido perdedor. Eu te odeio".

Se alguém tentar escrever frases como estas dirigidas a outro usuário, antes da sua publicação aparecerá a seguinte mensagem: "Preservando o Instagram como um lugar acolhedor. Estamos pedindo que pessoas reconsiderem comentários que parecem semelhantes a outros que foram denunciados".

Apesar da alerta, se o internauta assim desejar, poderá continuar e publicar seu comentário e, se considerar que a inteligência artificial cometeu um erro e que sua mensagem não é ofensiva, poderá comunicar imediatamente ao Instagram.

Segundo a empresa, os testes realizados até o momento com este sistema mostram que o dispositivo "incentiva algumas pessoas a refazer seus comentários e a compartilhar algo que não seja tão doloroso, já que tiveram a oportunidade de reconsiderar".

Por outro lado, a rede social também anunciou que em breve começará um período de testes com outra nova ferramenta para prevenir casos de assédio online, neste caso dirigido às vítimas e que se chamará "Restringir".

Um usuário poderá "restringir" os comentários de outro em suas publicações sem que o emissor seja notificado, de maneira que o potencial assediador poderá continuar deixando frases ofensivas dirigidas a outras contas, mas o único que poderá lê-las será ele mesmo.

A razão pela qual se optou por algo assim (atualmente já se pode bloquear outros usuários, mas estes são notificados) é para evitar casos nos quais um usuário que quer bloquear outro não o faz por medo de represálias na vida real ou por vergonha.

Com mais de um bilhão de usuários ativos mensais, a plataforma para compartilhar imagens é uma das redes sociais mais populares do mundo e se transformou em um dos segmentos de negócio mais importantes da sua empresa matriz, Facebook. EFE