China exige que Trump cumpra com palavra e permita negócios da Huawei nos EUA
Pequim exigiu hoje que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "cumpra com seus compromissos" e permita que as empresas americanas possam seguir fazendo negócios com a Huawei, firma que foi alvo de um veto em maio para a restrição de sua atividade comercial nesse país.
"Durante o encontro entre os presidentes da China (Xi Jinping) e dos EUA em Osaka, os americanos disseram que permitiriam que as companhias fornecessem à Huawei. Quando e como vai cumprir com seus compromissos? Afeta a reputação e a credibilidade dos EUA", disse em entrevista coletiva Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
"O mundo está olhando. Esperamos que os EUA possam cumprir com sua palavra e pôr fim à opressão irracional e às sanções contra empresas chinesas, incluída a Huawei", acrescentou.
Esta foi a resposta das autoridades chinesas aos comentários de Trump feitos no domingo, nos quais assegurou que a Administração não desejar fazer negócios com a Huawei.
"A Huawei é uma companhia com a qual não podemos fazer negócios", garantiu.
Há três meses, o governo americano proibiu a companhia chinesa de vender equipamentos de telecomunicações para empresas dos EUA, devido a suspeita de que os sistemas instalados poderiam ser utilizados para espionagem.
No entanto, na trégua comercial estipulada entre Xi e Trump em junho, Washington permitiu que a companhia vendesse pequenos componentes, como chips, a empresas americanas.
A permissão de venda de alguns desses produtos está vigente até 19 de agosto.
Consultado no domingo, Trump insistiu que a companhia é uma "ameaça à segurança nacional" e antecipou que amanhã tomará uma decisão a respeito.
"Neste momento parece muito mais que não vamos fazer negócios. Não quero fazer negócios em absoluto, porque é uma ameaça à segurança nacional", insistiu.
Veículos de imprensa especializados, entre eles o "The Wall Street Journal", tinham revelado que o Departamento de Comércio avaliava ampliar a permissão para que a Huawei seguisse a fazer negócios com empresas americanas.
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