China adia por 1 ano aplicação de tarifas a produtos importados dos EUA
Pequim, 12 set (EFE).- A Comissão Tarifária do Conselho de Estado da China decidiu nesta quinta-feira adiar até 16 de setembro de 2020 a aplicação de tarifas a 16 produtos importados dos Estados Unidos, uma medida que entraria em vigor na próxima semana.
Entre os produtos afetados pela suspensão da aplicação de uma tarifa de 25% para entrar no território chinês estão vários tipos de lubrificantes, matérias-primas necessárias para a produção de remédios contra o câncer e alimentos para peixes.
No entanto, a Comissão Tarifária decidiu manter as sobretaxas a outros produtos, como a soja, a carne de porco e os automóveis produzidos nos EUA. Para estas três categorias de produtos, o imposto extra passa a valer a partir da próxima terça-feira.
Em nota, o órgão informou que publicará "no devido tempo" uma lista de produtos que serão beneficiados com a suspensão das tarifas. Segundo o jornal estatal "Global Times", a isenção é uma "inovação no sistema tarifário chinês" para beneficiar empresas dos dois países.
A medida chinesa teve uma resposta imediata por parte dos Estados Unidos, que anunciou que adiará de 1º para 15 de outubro uma alta de 25% para 30% das tarifas aplicadas a US$ 250 bilhões em importações chinesas. O presidente do país, Donald Trump, disse que esse era um gesto em homenagem pelo 70º aniversário da fundação da República Popular da China.
No Twitter, Trump disse que foi o vice-primeiro-ministro e chefe da equipe de negociação da China, Liu He, que pediu para que ele adiasse a alta das taxas devido à data comemorativa. Até o dia 15, os dois países já terão realizado uma nova rodada de conversas sobre a guerra comercial. EFE
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