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General Motors enfrentará 1ª greve de trabalhadores nos EUA em 12 anos

15/09/2019 16h24

Washington, 15 set (EFE).- O sindicato United Auto Workers (UAW), o maior do setor automotriz, convocou à paralisação neste domingo 48 mil trabalhadores da gigante General Motors, que com isso enfrenta uma greve de funcionários nos Estados Unidos em 12 anos.

"Não estamos fazendo isso superficialmente. É o nosso último recurso", declarou o vice-presidente do sindicato e encarregado das relações com GM, Terry Dittes, em entrevista coletiva em Detroit, a sede do que fora o primeiro produtor mundial de automóveis no século passado.

Dittes anunciou que a greve começará depois da meia-noite desta segunda-feira, quando expira um acordo laboral assinado há quatro anos e cuja renovação vinha sendo negociada.

Desde que as negociações começaram, o sindicato tentou evitar que a General Motors fechasse duas fábricas, situadas nos estados de Ohio e Michigan.

Enquanto isso, a empresa argumenta que o encerramento das atividades é necessário para responder às mudanças no mercado automotriz e considera que o sindicato está sendo demasiado exigente com os pedidos para aumentar salários e garantir vários benefícios trabalhistas, como a cobertura médica.

"Nós, trabalhadores, fomos muito claros sobre o que vamos aceitar e o que não vamos aceitar", salientou Dittes. "Nós estamos defendendo nossos salários, estamos defendendo a possibilidade de ter uma cobertura médica de qualidade e que possamos pagar", acrescentou.

Na parte do sindicato, as negociações foram marcadas por um caos sem precedentes, já que o seu presidente, Gary Jones, enfrenta acusações federais de corrupção por uso de dinheiro da organização para se hospedar em hotéis de luxo, comprar charutos e jogar golfe.

Enquanto isso, a GM recebeu contínuos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recriminou a mudança de uma parte da produção para o México, assim como o fechamento das fábricas de Ohio e Michigan, dois estados que poderiam ser chave para as eleições de 2020. EFE