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Reservas cambiais da Argentina caem ao menor nível desde dezembro de 2018

16/09/2019 21h12

Buenos Aires, 16 set (EFE).- As reservas cambiais da Argentina caíram nesta segunda-feira abaixo do patamar dos US$ 50 bilhões, menor nível registrado desde dezembro do ano passado.

Segundo o Banco Central da Argentina, o país fechou o dia hoje com US$ 49,9 bilhões em reservas internacionais, uma queda de US$ 117 milhões em relação à última sexta-feira.

A queda nas reservas vem se acelerando desde o início de agosto, quando o peso argentino voltou a sofrer forte desvalorização frente ao dólar devido à dura derrota do atual presidente do país, Mauricio Macri, que tenta a reeleição, para a oposição nas primárias realizadas no país.

Só neste mês, as reservas internacionais mantidas pelo Banco Central recuaram US$ 13,8 bilhões.

A agência de classificação de risco Moody's afirmou na semana passada que a queda do nível das reservas internacionais da Argentina deve se manter apesar das medidas de controle cambial implementadas por Macri.

Mesmo considerando que o pacote do governo ajudaria a reduzir a pressão negativa sobre o câmbio, a Moody's projetou que as reservas cambiais seguirão caindo à medida que os depósitos em moeda estrangeira deixem de ser realizados no sistema bancário.

Segundo a agência, uma "porção significativa" da queda das reservas se explica pelos saques em moedas estrangeiras. O nível recuou menos em função das vendas de dólares feitas pelo Banco Central para conter a desvalorização do peso argentino.

Os depósitos em moeda estrangeira caíram quase 30% no último mês, chegando a US$ 23,3 bilhões, contra US$ 32,5 bilhões registrados logo antes das primárias.

Neste ano, as reservas monetárias da Argentina atingiram seu maior valor em abril, quando chegaram a US$ 77,4 bilhões, graças ao empréstimo firmado pelo país com o Fundo Monetário Internacional.

Dos US$ 56,3 bilhões acertados com o FMI, a Argentina já recebeu US$ 44,5 bilhões. No entanto, a sequência dos desembolsos está sob dúvida devido às incertezas do cenário eleitoral. EFE