Huawei recorre de proibição de negociar equipamentos com empresas americanas
Pequim, 5 dez (EFE).- A Huawei apresentou nesta quinta-feira um recurso no Tribunal de Apelação dos Estados Unidos do Quinto Circuito, contra a decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC, sigla em inglês) de proibir as operadoras americanas em comprar equipamentos de tecnologia chinesa por meio de um programa de subsídios.
No último dia 22 de novembro, a FCC excluiu a Huawei de um programa federal de subsídios, alegando que a empresa representa uma ameaça para a segurança nacional.
A equipe jurídica da empresa disse hoje em entrevista coletiva, na sede da empresa, na cidade de Shenzhen, que a decisão da comissão é "ilegal", que viola os direitos da Huawei de se defender e que se baseia em conclusões arbitrárias.
"A decisão é baseada em falsas acusações e insinuações, não confiáveis e inadmissíveis e, além disso, não há provas", disse Glen Nager, advogado americano que representa a Huawei.
Ele acrescentou que a FCC "não tem autoridade nem critérios" para decidir sobre esse assunto.
Song Liuping, chefe do departamento jurídico da empresa, disse que a medida é inconstitucional e resultado de preconceito: "Proibir uma empresa simplesmente porque é originária da China não faz sentido. Eles devem entender que outras empresas como Eriksson e Nokia eles também são fabricadas naquele país", afirmou.
Embora a presença da Huawei nos Estados Unidos esteja ameaçada, as empresas americanas podem continuar negociando com o fabricante pelo menos até fevereiro, depois que o governo do presidente Donald Trump estendeu em 18 de novembro a moratória decretada em maio.
Os EUA suspeitam dos laços da empresa com o governo da China e alega ter suspeitas de que a Huawei possa usar seus telefones celulares e outros equipamentos tecnológicos para espionar no exterior e fornecer informações aos líderes do país asiático. EFE
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