França tem segundo dia de greve geral contra reforma da previdência
Paris, 6 dez (EFE).- A greve geral contra o projeto da reforma da previdência promovida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, provocou nesta sexta-feira, pelo segundo dia consecutivo, novos bloqueios no transporte terrestre e aéreo no país.
A Companhia Ferroviária Nacional francesa (SNCF, sigla em francês) afirmou em comunicado que apenas 10% dos trens de alta velocidade (TGV) circularão em média, uma porcentagem ainda menor dos outros trens de longa distância, 15% dos subúrbios de Paris e 30% dos regionais, mas na sua maioria substituídos por ônibus.
Além disso, os trens com saída para Espanha, Itália e Alemanha permanecerão suspensos. Para a Suíça, haverá apenas uma viagem, de ida e volta em Paris-Basileia.
Embora com menos impacto que ontem, a circulação também foi afetada na rede metropolitana parisiense de transportes, segundo a RATP, responsável pela sua gestão.
Apenas duas linhas de metrô, as únicas duas automatizadas, funcionam normalmente; nove foram suspensas, duas a menos que ontem, e em outras cinco o fluxo foi reduzido, em alguns casos em um quarto.
Além disso, a Direção-Geral de Aviação Civil (DGAC) pediu ontem às companhias aéreas que reduzam em 20% o programa de voos com origem ou destino nos aeroportos de Paris, Lyon, Marselha, Toulouse e Bordeaux.
Hoje, por volta das 7h30 (hora local), foram registrados 292 quilômetros de congestionamentos na região de Paris, em comparação aos 100 quilômetros habituais, disse a emissora "BFM TV", também destacando que sete das oito refinarias francesas ainda estão em greve.
Os sindicatos protestam contra o plano do governo de substituir os atuais 42 regimes de aposentadoria por um sistema de pontos em que cada euro contribuído confere direitos iguais a todos.
As mais de 250 manifestações organizadas ontem contra essa reforma reuniram 806 mil pessoas em todo o país, segundo a contagem da polícia, e mais de 1,5 milhão, de acordo com o sindicato da CGT. EFE
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