Greve promete gerar novo caos ao transporte público na França nesta 2ª feira
Paris, 8 dez (EFE).- A França se prepara para viver nesta segunda-feira um novo caos no transporte público, pelo quinto dia seguido, devido à greve contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Emmanual Macron, que trava uma queda de braço com os sindicatos.
Em média, circularão apenas 20% dos trens de alta velocidade (TGV), de longo e curto percurso em Paris, e 30% dos regionais, mas neste caso a maior parte será substituída por ônibus, segundo a Sociedade Nacional de Ferroviários (SNCF, na sigla em francês).
Nas linhas internacionais, continuarão totalmente suspensas as conexões entre França e Espanha e Itália. Serão mantidas apenas algumas viagens entre França e Alemanha e Suíça (um quinto das habituais).
Será um pouco melhor o serviço do Eurostar a Londres, com dois terços do total, e do Thalys a Bélgica e Holanda, com 60% da circulação normal.
Em comunicado, a SNCF recomenda aos passageiros que cancelem ou adiem as viagens, se possível. O receio é que, com poucos trens, uma forte afluência de público gere problemas de segurança.
O segundo ponto crítico está relacionado à entidade de transporte metropolitano de Paris RATP, forçada a fechar dez das linhas de metrô. Só abrirão normalmente as duas linhas automáticas (1 e 14) e muito parcialmente quatro outras, mas apenas nos horários de pico (das 6h30 às 9h30 e das 16h30 às 19h30).
Metade dos ônibus na região metropolitana e um terço dos trens RER B que ligam os dois aeroportos irão circular, mas exclusivamente nas horas de pico.
Como consequência, centenas de quilômetros ficarão engarrafados nos acessos, o que voltou a acontecer neste domingo repetidos (250 quilômetros às 18 horas, no horário local), em nível muito superior ao normal.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, que na quarta-feira apresentará em detalhes o conteúdo da reforma, reuniu na tarde de domingo os membros do governo envolvidos no projeto.
Os ministros encarregados de gerenciar todos os aspectos da greve e dos protestos foram convocados para elaborar a estratégia para os próximos dias. Macron não pode ignorar o que foi uma das grandes promessas de campanha e que, em caso de fracasso, pode prejudicar a imagem de presidente eleito para reformar o país.
Todos estão sob a pressão da mobilização dos sindicatos opositores, a oposição mais forte desde 2010, que na quinta-feira levou centenas de milhares de pessoas às ruas - 800 mil segundo a polícia, 1,5 milhão segundo a Confederação Geral do Trabalho (CGT). EFE
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