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Desemprego na Argentina cai para 9,7% no terceiro trimestre

18/12/2019 17h49

Buenos Aires, 18 dez (EFE).- A taxa de desemprego na Argentina fechou o terceiro trimestre deste ano em 9,7%, uma queda de 0,9 pontos percentuais em relação aos três meses anteriores.

Dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) mostram, no entanto, que o número de pessoas sem trabalhar subiu 0,7 pontos percentuais na comparação com o terceiro trimestre de 2018, quando a taxa era de 9%.

O avanço do desemprego na comparação anual ocorre devido à crise econômica enfrentada pela Argentina desde abril do ano passado. Desde então, a situação vem piorando, apesar da ligeira queda registrada entre o segundo e terceiro trimestres.

O relatório divulgado hoje pelo Indec mostra que 1,28 milhão de pessoas seguem sem emprego na Argentina.

Já a subocupação atingiu 12,8% da população no período, uma queda de 0,3 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período ano passado, porém, houve alta de 1 ponto percentual.

A taxa de pessoas com emprego que procuram outro trabalho subiu para 18,6% no terceiro trimestre na comparação com o período entre abril e junho deste ano.

Outro sinal da insatisfação com o mercado trabalhista é o crescimento da taxa de pessoas com emprego que procuravam outras oportunidades. O índice subiu para 18,6% no terceiro trimestre deste ano, segundo o Indec. No ano passado, chegava a 16,7%.

O Indec analisa os dados relativos ao emprego nos 31 maiores conglomerados urbanos da Argentina. Juntos, eles concentram 27,9 milhões dos 45 milhões de habitantes do país.

No segundo trimestre de 2002, durante a pior crise econômica da história recente da Argentina, o país chegou a registrar uma taxa de desemprego de 24,1%.

Para evitar novas demissões, o novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, dobrou a indenização paga pelos empresários a funcionários despedidos sem justa causa por 180 dias.

"A taxa de desemprego é a mais alta desde 2006. Há mais de 1,2 milhão de jovens que não estudam ou trabalham. Devemos garantir o direito ao primeiro emprego por meio de bolsas bancadas pelo estado para que eles se capacitem", alertou Fernández durante o discurso de posse na última terça-feira. EFE