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CEO renuncia, e Boeing nomeia Calhoun para lidar com crise

23/12/2019 14h35

Nova York, 23 dez (EFE).- A Boeing anunciou nesta segunda-feira a renúncia do CEO da empresa, Dennis Muilenburg, e sua substituição, a partir de 13 de janeiro, pelo atual presidente, David L. Calhoun, que continuará como membro do conselho em meio à crise sofrida pela gigante do setor de aviação.

A empresa, que fez o anúncio da mudança antes da abertura do pregão em Wall Street, luta para recuperar a confiança dos reguladores, dos clientes e do público em geral após os dois acidentes fatais envolvendo o modelo 737 MAX. As duas tragédias, somadas, deixaram 346 mortos, e a aeronave ainda não tem permissão para voltar a voar.

Em comunicado, a Boeing anunciou que Muilenburg renunciou a seus cargos como diretor executivo e presidente do conselho com efeito imediato. O diretor financeiro da companhia, Greg Smith, vai exercer o cargo de CEO interinamente durante o breve período de transição até que a Calhoun renuncie aos atuais compromissos não empresariais e assuma plenos poderes.

Na abertura da Bolsa de Nova York, os investidores saudaram a reestruturação da Boeing. As ações da empresa tinham alta de quase 3,5% meia hora após a abertura do pregão.

Calhoun permanecerá como membro do conselho, e outro de seus integrantes, Lawrence W. Kellner, será presidente não executivo com efeito imediato.

"O conselho de administração decidiu que era necessária uma mudança na liderança para restaurar a confiança no progresso da empresa, uma vez que ela trabalha para reparar as relações com os reguladores, clientes e todas as outras partes interessadas", disse a Boeing na nota.

"Sob a nova liderança, a Boeing vai funcionar com um compromisso renovado de transparência total, incluindo uma comunicação eficaz e proativa com a Administração Federal de Aviação (FAA), outros reguladores globais e os seus clientes", acrescentou.

Calhoun também se pronunciou através do mesmo comunicado e tentou passar uma mensagem de otimismo. "Eu acredito firmemente no futuro da Boeing e do 737 MAX. Tenho a honra de liderar esta grande empresa e os 150 mil funcionários dedicados que estão trabalhando arduamente para criar o futuro da aviação", declarou. EFE