TAP garante cumprir regras, e diz não entender suspensão na Venezuela
"A TAP não compreende as razões para esta suspensão, uma vez que cumpre todos os requisitos legais e de segurança exigidos pelas autoridades de ambos os países. Esta é uma medida pesada que prejudica os nossos passageiros", disse à Agência Efe uma fonte oficial da companhia.
A empresa "não tinha sequer a possibilidade de exercer o princípio da contradição" antes da medida de suspensão, disse a mesma fonte.
O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira a suspensão das operações da TAP no país durante 90 dias, com o objetivo de "proteger a segurança" após a abertura de uma investigação sobre a suposta entrada de explosivos em um voo da companhia aérea portuguesa.
Minutos antes do anúncio, o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito Abreu tinha dito à imprensa que a Venezuela estudava aplicar sanções contra a TAP por supostas falhas de segurança no voo TP173, que chegou a Caracas após decolar de Lisboa na terça-feira passada.
Na ocasião, o líder da oposição, Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, voltou ao país com o tio, Juan José Márquez, após uma viagem internacional de mais de três semanas.
O governo de Nicolás Maduro disse naquele mesmo dia que o tio de Guaidó, que foi preso, transportou no voo explosivos sintéticos, coletes à prova de bala não declarados e um plano, escrito em inglês, para cometer atentados no país.
"Este tipo de falha é uma ameaça à segurança da aviação. Este é um elemento de grande preocupação para nós, uma vez que o sistema de aviação nacional tem trabalhado muito recentemente para melhorar os nossos níveis de segurança", disse Abreu aos repórteres.
Guaidó rejeitou no sábado passado as acusações contra o tio e advertiu que "é impossível levar material explosivo em uma linha comercial" na Europa.
A TAP, fundada em 1945, oferece voos para 93 destinos, incluindo a Venezuela, onde existe uma grande comunidade lusitana.
O ministro das Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, classificou as acusações como "manobras" para desviar a atenção das agressões sofridas por Guaidó ao voltar à Venezuela.
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