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Aeroporto de Aleppo é reaberto após 7 anos fechado por guerra da Síria

19/02/2020 16h05

Aleppo (Síria), 19 fev (EFE).- O governo da Síria reabriu nesta quarta-feira o Aeroporto Internacional de Aleppo, mais de sete anos após suspender as operações devido ao conflito armado e depois de consolidar há alguns dias o controle sobre a cidade, expulsando as facções insurgentes.

O ministro dos Transportes do país, Ali Hammoud, viajou no primeiro voo para o aeroporto de Aleppo com um grupo de jornalistas, aos quais disse que o "aeroporto de Aleppo é um dos aeroportos internacionais mais importantes da Síria".

Ele acrescentou que o aeroporto está "pronto para começar a receber aviões e passageiros de e para Aleppo".

"O aeroporto de Aleppo recebia anualmente 2,5 milhões de passageiros, o que demonstra a atividade econômica" da segunda cidade e centro econômico do país mediterrâneo, em guerra desde 2011.

O voo de 40 minutos de Damasco para Aleppo, transportando autoridades sírias e jornalistas locais e estrangeiros, representa uma vitória simbólica para o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Há dois dias, o governante parabenizou suas tropas leais por proteger a cidade depois de expulsar a oposição e os grupos islâmicos de seu perímetro.

Desde que o Exército Sírio assumiu o controle de Aleppo das facções insurgentes, em dezembro de 2016, foram realizados trabalhos para reabilitar seu aeroporto, de grande importância pois a cidade é um importante centro comercial do país árabe.

Em dezembro de 2012, os voos civis foram suspensos após uma ofensiva da oposição e facções islâmicas nas quais grandes áreas da cidade foram capturadas.

Além da reabertura do aeroporto, as autoridades estão trabalhando para reabrir a rodovia M5, que foi totalmente restaurada há alguns dias e liga Aleppo a Damasco.

Desde abril do ano passado, as tropas sírias vêm realizando uma ofensiva na província de Aleppo ocidental e na região vizinha de Idlib, considerado o último feudo da oposição no país e praticamente dominado pela Agência de Libertação de Levante, uma aliança islâmica em que é a antiga afiliada síria da Al Qaeda.

Desde dezembro, essa ofensiva levou 900 mil pessoas a serem deslocadas de suas casas, na pior onda de deslocamento desde o início da guerra na Síria, segundo a ONU.